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Covid-19: para desacelerar variante ômicron, Alemanha limita convidados em festas de Réveillon

Diante da ameça da variante ômicron, a Alemanha decidiu limitar o número de participantes nas festas de Ano Novo, mesmo entre os vacinados. O chanceler Olaf Scholz anunciou nesta terça-feira (21) que a quantidade de pessoas convidadas para as festas de Réveillon será limitada a dez.  

Alemães invadiram as ruas para fazer compras no último fim de semana antes do Natal. Colônia, 18 de dezembro de 2021.
Alemães invadiram as ruas para fazer compras no último fim de semana antes do Natal. Colônia, 18 de dezembro de 2021. AFP - INA FASSBENDER
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"Não é o momento de fazer festa e celebrar com muita gente", disse o chanceler Olaf Scholz, depois de uma conversa com os 16 líderes regionais do país. Segundo ele, a quinta onda da Covid-19 ameaça o país.

A limitação dos convidados entrará em vigor a partir de 28 de dezembro e será válida para todas as reuniões privadas entre pessoas vacinadas. Para os que não se imunizaram, o limite de participantes deve ser no máximo dois, reiterou o chanceler. 

Clubes e discotecas também fecharão as portas em todo o país. Em algumas regiões duramente atingidas pelas quinta onda da Covid-19, como a Baviera, as casas noturnas já não estão funcionando. 

Além disso, todas as competições esportivas, principalmente os jogos de futebol, serão realizados sem público. Com a decisão, as partidas do campeonato alemão, previstas para serem retomadas em 7 de janeiro, ocorrerão sem torcedores nos estádios. 

Contaminações aumentarão "de forma massiva"

Para o líder social-democrata, a propagação da variante ômicron pela Alemanha é apenas "uma questão de tempo". "O número de infecções vai aumentar de forma massiva nas próximas semanas e precisamos nos preparar a partir de agora", afirmou.

Por isso, o chanceler fez um apelo em prol "da responsabilidade individual" dos alemães. Scholz também recomendou que as pessoas realizem testes antes de se reunir nas festas de Natal e Ano Novo.

No entanto, contrariamente à vizinha Holanda, a Alemanha não pretende fechar lojas consideradas "não essenciais", cinemas e restaurantes. Para Berlim, limitar o acesso ao comércio e aos locais de cultura às pessoas vacinadas já é suficiente. 

O governo também pediu que os gestores de serviços essenciais - como hospitais, segurança, bombeiros, telecomunicações, empresas de energia elétrica e água - preparem um plano para o funcionamento com um número reduzido de empregados. O grande temor das autoridades é que as contaminações e quarentenas se multipliquem nestes setores, diminuindo consideravelmente a quantidade de pessoas aptas a trabalhar.

A Alemanha, primeira economia europeia, é palco de uma grave quinta onda da Covid-19 desde meados do segundo semestre de 2021. A quantidade de novos casos diminuiu desde que as últimas medidas foram anunciadas, mas o número de infecções continua alto.

Nesta terça-feira, 24 mil novas contaminações foram registradas em 24 horas, contra 43 mil no último sábado (18). Um dos principais motivos para a forte circulação da Covid-19 é a quantidade de pessoas não vacinadas: cerca de 30% se recusam a se imunizar contra o Sars-Cov-2

(Com informações da AFP

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