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Com aumento de casos, Reino Unido vigia de perto nova subvariante da Covid-19

O governo britânico, diante de um aumento significativo nos casos diários de Covid-19, anunciou nesta terça-feira (19) que está "monitorando de perto" uma nova subvariante do coronavírus que está se espalhando no Reino Unido, sem saber ainda se esta seria ainda mais contagiosa que a variante Delta.

O governo do primeiro-ministro Boris Johnson está em alerta diante da descoberta de uma subvariante da Covid, derivada da variante Delta, anunciada nesta terça-feira, 19 de outubro de 2021.
O governo do primeiro-ministro Boris Johnson está em alerta diante da descoberta de uma subvariante da Covid, derivada da variante Delta, anunciada nesta terça-feira, 19 de outubro de 2021. Tolga Akmen AFP/File
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A nova mutação, apelidada de "AY4.2", deriva da variante Delta, que causou um aumento de casos no Reino Unido no final da primavera do Hemisfério Norte, há cerca de cinco meses.

"Estamos seguindo esta nova forma de muito perto e não hesitaremos em agir se necessário", disse um porta-voz de Downing Street nesta terça-feira. No entanto, "não há razão para acreditar que esteja se espalhando com mais facilidade", acrescentou.

O surgimento dessa nova subvariante ocorre em um momento em que o país, um dos mais atingidos da Europa, com 138 mil mortes por Covid-19, enfrenta um número crescente de casos.

Durante duas semanas, as novas infecções flutuaram entre 35 mil e 45 mil por dia, com uma taxa de incidência de 410 casos por 100 mil habitantes até 12 de outubro, proporção muito maior do que no resto da Europa.

Alguns cientistas atribuem esta deterioração, que no momento afeta principalmente adolescentes e adultos jovens, ao baixo nível de vacinação entre os menores, à redução da imunidade em idosos vacinados há muitos meses e ao fim, em julho, da maioria restrições sanitárias, como o uso de máscaras em ambientes internos.

Aumento de contaminações não deve ser ligado à variante

Na opinião de François Balloux, diretor do Instituto de Genética da University College London, a nova variante "não é a causa do recente aumento do número de casos no Reino Unido". O cientista explicou que, com a incidência ainda baixa desta subvariante, mesmo se houver "10% a mais de transmissibilidade, esta só poderia ter causado um pequeno número de casos adicionais".

O aparecimento de AY4.2 "não é uma situação comparável ao aparecimento das cepas Alfa e Delta, que eram muito mais transmissíveis (50% ou mais) do que qualquer uma das cepas que circulavam naquela época", explicou.

A nova variante AY4.2 é quase inexistente fora do Reino Unido, exceto por três casos detectados nos Estados Unidos e alguns na Dinamarca, que desde então quase desapareceram. Sua reação às vacinas existentes está sendo investigada.

(Com informações da AFP)

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