EUA, França e Alemanha reafirmam apoio à Ucrânia face ao avanço de tropas russas
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e os chanceleres francês e alemão, respectivamente Jean-Yves Le Drian e Heiko Maas, reafirmaram apoio à Ucrânia diante dos movimentos de tropas russas em sua fronteira nesta sexta-feira (9).
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Os ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos e da França "discutiram a necessidade de a Rússia encerrar sua retórica perigosa e irresponsável, os movimentos de tropas na Crimeia ocupada e ao longo das fronteiras da Ucrânia e as provocações unilaterais da Rússia ao longo da linha de contato no leste da Ucrânia", segundo informações do Departamento de Estado, em Washington.
Por sua vez, o chanceler francês Jean-Yves Le Drian disse ter "sublinhado no contexto destas trocas" a profunda preocupação e grande vigilância da França em relação a estes "recentes movimentos significativos das forças militares russas".
“A França considera importante e urgente que a Rússia seja capaz de fornecer de forma transparente esclarecimentos sobre o enquadramento e as motivações destes movimentos. Apelamos à Rússia para que cesse as suas provocações e tomar sem demora as iniciativas necessárias para iniciar a desaceleração ", acrescentou o chefe da diplomacia francesa, citado em um comunicado do Quai d'Orsay.
Em uma entrevista separada, Antony Blinken e Heiko Maas igualmente "enfatizaram a importância de apoiar a Ucrânia em face das provocações russas unilaterais ao longo da fronteira", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
Medo na fronteira
Kiev acusou na semana passada a Rússia de reunir tropas em sua fronteira com a Ucrânia, e se encontra preocupada com o aumento da violência ao longo da linha de contato entre as forças do governo e os milicianos separatistas. Moscou respondeu que seus movimentos de tropas são de natureza defensiva.
A França e a Alemanha estão agindo como mediadores no conflito no leste da Ucrânia entre o exército de Kiev e os separatistas pró-russos, que eclodiu há sete anos e custou mais de 14 mil vidas, de acordo com a Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, se encontrará com seu homólogo francês Emmanuel Macron na próxima semana, informou a agência Interfax nesta sexta-feira, citando uma entrevista com o embaixador francês na Ucrânia em um jornal ucraniano.
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