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Abril marca início da produção acelerada de vacinas contra a Covid-19 na Europa

Países europeus se preparam para a fabricação em massa de vacinas contra a Covid-19. Laboratórios farmacêuticos e fornecedores anunciaram a produção de mais de 300 milhões de doses em 2021. 

As vacinas fabricadas na Europa serão destinadas à imunização da população no Velho Continente, mas também abastecerão o mercado mundial.
As vacinas fabricadas na Europa serão destinadas à imunização da população no Velho Continente, mas também abastecerão o mercado mundial. © REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
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A França se prepara para produzir as primeiras vacinas em seu território, depois de perder a corrida do desenvolvimento científico para os Estados Unidos, Alemanha, Rússia e China. Os primeiros frascos de imunizantes da Moderna e da Pfizer/BioNTech destinados à comercialização, inicialmente previstos para março, devem sair, nos próximos dias, de duas fábricas localizadas no Vale da Loire, a cerca de 200 quilômetros de Paris.

O processo industrial na França será de preparação do soro, envase, embalagem, controle de qualidade e distribuição. Uma curiosidade é que a empresa Recipharm, em Monts, pertence ao laboratório anglo-sueco AstraZeneca. Para produzir a vacina da Moderna, esta fábrica receberá o princípio ativo do RNA mensageiro congelado, proveniente das instalações europeias de Lonza, na Suíça.

A Delpharm receberá o RNA mensageiro da BioNTech produzido em Marburg, na Alemanha, e de seus fornecedores localizados perto de Bruxelas, na Bélgica, e Viena, na Áustria. A vacina Pfizer/BioNTech se beneficia na Europa de uma grande rede de subcontratados para formulação e engarrafamento das doses. Ela depende tanto de grandes grupos como os laboratórios Sanofi e Baxter, mas também de um tecido industrial alemão formado por empresas de médio porte.

Segundo o jornal francês Les Echos, as vacinas fabricadas em Monts são destinadas à Europa, mas também ao mercado mundial, exceto aos Estados Unidos.

Mais de 300 milhões de doses em 2021

A Europa encomendou inicialmente 200 milhões de doses do produto da Pfizer/BioNTech, com uma opção de 100 milhões de doses adicionais. No caso da Moderna, os europeus compraram inicialmente 160 milhões de doses e, depois, renovaram pedidos de 150 milhões a serem entregues no segundo semestre de 2021 e 150 milhões em 2022. 

O produto da Moderna, cujo desempenho em termos de proteção é equivalente ao da Pfizer, vai substituir o que era destinado à AstraZeneca/Oxford, que não tem cumprido o que promete em termos de entregas e suscita muitas preocupações que levaram à sua restrição de uso no bloco.

Em março, devido ao registro de casos de trombose em pessoas vacinadas com o imunizante do laboratório anglo-sueco na Europa, ele chegou a ser suspenso durante alguns dias. No entanto, após o aval positivo da Agência Europeia de Medicamentos, a maioria dos países europeus já retomou a utilização da vacina da AstraZeneca/Oxford. 

Enquanto isso, a União Europeia, extremamente criticada pela lentidão de sua campanha de vacinação, tenta se agilizar para cumprir os calendários de imunização. A França abriu nesta terça-feira (6) seu vacinódromo no Stade de France, na região parisiense, onde pretende aplicar 10 mil injeções por semana. Sete hospitais militares passam a integrar o circuito de vacinação, para imunizar 50 mil pessas por semana.

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