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Casos de variante brasileira da Covid-19 se multiplicam na Europa

Um dia após o governo francês ter confirmado a presença de quatro casos de pacientes portadores da variante brasileira da Covid-19, a Espanha informou, nesta sexta-feira (5) sua primeira ocorrência da cepa, na região de Madri. A OMS pede mais rapidez na vacinação para tentar conter o avanço das formas mais contagiosas do vírus.

Passageira no aeroporto de Barajas, em Madri (imagem de arquivo)
Passageira no aeroporto de Barajas, em Madri (imagem de arquivo) AP - Bernat Armangue
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A Espanha, que já registrou casos das variantes britânica e sul-africana em seu território, confirmou oficialmente a presença da cepa brasileira. O anúncio é feito dois dias após a entrada em vigor da limitação de voos vindos do Brasil e da África do Sul na Espanha. Apenas os cidadãos espanhóis e andorranos, além dos residentes, podem entrar no país. 

A vítima é um homem de 44 anos, que desembarcou no aeroporto de Madri em 29 de janeiro, vindo do Brasil. O passageiro viajou com um teste PCR negativo, mas foi testado positivo ao chegar na Europa. A análise dos resultados confirmaram em seguida que se tratava da variante brasileira.

Na véspera, o ministro da Saúde da França, Olivier Véran, informou durante a coletiva de imprensa organizada pelo primeiro-ministro Jean Castex, que quatro casos da variante vinda do Brasil já haviam sido identificados no território francês. As pessoas contaminadas estão na região do Var, no sul do país, e em Auvergne-Rhône-Alpes, um pouco mais ao norte, além da ilha da Reunião, que também faz parte da França. Segundo Véran, um dos casos é uma mulher que vinha de Manaus e que transitou por São Paulo, Frankfurt e Paris, antes de chegar no destino final, em Marselha, no Sul da França.

A variante brasileira foi identificada na Alemanha em 22 de janeiro. A cepa havia sido identificada no início do ano no Japão, ao ser descoberta em quatro passageiros que desembarcavam do Brasil.  

O ministro francês lembrou que a variante britânica é mais contagiosa, e que poderá aos poucos substituir a forma original da Covid-19, mas que a cepa não é mais grave. Já as variantes sul-africana e brasileira “nos preocupam muito mais, pois há menos dados sobre as infecções que elas desenvolvem e porque alguns estudos tendem a mostrar que há mais casos de reinfecção”. Véran disse ainda que “há menos elementos para dizer com certeza que as vacinas terão a mesma eficácia sobre essas mutações”.

OMS pede agilidade na vacinação

Diante da multiplicação de casos das novas variantes, os diretores da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediram a união da Europa para acelerar a campanha de imunização no continente. "Devemos nos preparar para outras mutações problemáticas do vírus, reforçando ainda mais o sequenciamento", afirmou Hans Kluge, diretor regional para a Europa da OMS.

Na União Europeia (UE), a taxa da população vacinada com pelo menos uma dose da vacina é de 2,5%. O objetivo do bloco é vacinar 70% de sua população, segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que admitiu que a meta enfrentará obstáculos como "problemas na produção".

"As empresas farmacêuticas, que normalmente competem entre si, devem unir esforços para aumentar drasticamente as capacidades de produção. Isto é o que precisamos", insistiu Kluge.

(Com informações da AFP)

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