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Linha Direta

Dinamarca estabelece multa de R$ 2.300 para quem não usar máscara nos transportes públicos

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Mesmo com a estabilidade do número de casos de contaminação, as autoridades dinamarquesas querem se prevenir de uma segunda onda de coronavírus durante o inverno, quando a população tende a trocar as bicicletas pelos transportes públicos.

Obrigatoriedade do uso de máscara entrou em vigor no último sábado (22) na Dinamarca.
Obrigatoriedade do uso de máscara entrou em vigor no último sábado (22) na Dinamarca. via REUTERS - RITZAU SCANPIX
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Fernanda Melo Larsen, correspondente da RFI em Copenhague

Apesar da Dinamarca ter registrado em agosto o menor número de casos de Covid-19, a determinação do uso obrigatório de máscara é uma tentativa de prevenir o país contra uma segunda onda da doença. Quem se opuser à medida corre o risco de pagar 2.600 coroas dinamarquesas, o equivalente a R$ 2.300.

Com o fim do verão e a chegada dos meses de frio, os dinamarqueses costumam trocar as bicicletas pelos transportes públicos para se deslocarem, o que tende a aumentar a quantidade de pessoas aglomeradas.

De acordo com especialistas do Conselho Nacional de Saúde da Dinamarca, a exigência de máscara é necessária, independentemente da evolução do número de infecções. Os últimos dados do conselho mostram um total de 16 mil casos do novo coronavírus e pouco mais de 600 mortes.

A Dinamarca já realizou mais de 1,5 milhão de testes, em uma população de apenas 5,8 milhões habitantes.

Na noite do último sábado (22), mesmo dia em que a medida entrou em vigor, a polícia de Odense, na região de Fyn, a terceira maior ilha do país, multou e expulsou do trem um homem de 24 anos, que se recusava a usar a máscara dentro da estação.

Início do ano letivo

A volta às aulas está sendo realizada de maneira diferente em cada uma das cinco regiões da Dinamarca. Creches, escolas e universidades seguem as diretrizes de governos regionais, mas como as medidas de prevenção são nacionais, continuam a valer o distanciamento social em sala de aula, o uso de álcool em gel, e o recreio para apenas uma turma de alunos por vez, para evitar aglomerações em espaços comuns nas instituições de ensino.

Um outra medida regional para a contenção de novos casos foi aplicada em Aarhus, segunda maior cidade do país, com mais de 200 mil habitantes, e localizada na parte peninsular da Dinamarca. Devido ao registro de número de casos isolados na região, o governo local decidiu adiar a abertura do ano letivo para metade dos alunos do ensino médio, que terão permissão para retornar gradualmente às atividades escolares até o dia 4 de setembro.

Essa medida faz parte de um plano de prevenção de possíveis novos casos de Covid-19, incluindo a restrição no horário de funcionamento dos cafés e restaurantes da região, que devem encerrar as atividades até a meia-noite. Em outras partes do país, o horário foi estendido para as 2h da manhã.

Suécia na contramão das medidas

Neste mês de agosto, a Suécia retomou normalmente as aulas presenciais para os alunos do ensino médio. Durante todo o período de pandemia, o país manteve abertas escolas e creches para os alunos menores de 16 anos.

O país adotou poucas medidas contra a propagação da Covid-19. Na Europa, é uma das raras nações que não recomendou o uso de máscaras, na contramão das medidas adotadas pelo bloco de países nórdicos Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia.

De acordo com o epidemiologista Anders Tegnell, responsável pelo Conselho de Saúde da Suécia, “é muito arriscado acreditar que as máscaras mudariam o jogo quando se trata da Covid-19”.

3.700 pessoas testaram falso positivo

Na tarde desta terça-feira (25), as autoridades sanitárias da Suécia admitiram em uma coletiva de imprensa que 3.700 pessoas podem ter testado falso positivo para o coronavírus. Os resultados imprecisos dos testes foram encontrados em nove regiões suecas, incluindo a capital Estocolmo, e datam do começo de março deste ano.

A falha foi descoberta por dois laboratórios ao testarem a eficácia dos exames adquiridos pela Agência de Saúde Pública de uma empresa em Wuhan, na China.

Durante a coletiva de imprensa Tegnell explicou que os kits de autoteste mostram se o paciente tem uma infecção de Covid-19 em andamento. Mas o exame não foi capaz de distinguir entre níveis baixos de contaminação e amostras negativas.

“O problema com os kits de autoteste foi reportado à empresa fabricante. Outras autoridades de saúde europeias e a Organização Mundial da Saúde foram notificadas’’, acrescentou Tegnell, o epidemiologista-chefe da agência de saúde.

Alem disso, o governo da Suécia informou que todas as pessoas que testaram falso positivo serão notificadas até esta quinta-feira (27). As autoridades também garantiram que os testes realizados após o dia 15 de agosto são precisos.

A Suécia tem até o momento mais de 80 mil casos registrados e quase 6 mil mortes pelo novo coronavírus.

 

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