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Premiê britânico Boris Johnson dá entrada na UTI por Covid-19

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que testou positivo para o novo coronavírus há dez dias, deu entrada na unidade de cuidados intensivos nesta segunda-feira (6), no dia seguinte à sua hospitalização no centro de Londres, anunciou um porta-voz de Downing Street.

Líder britânico Boris Johnson dá entrada na UTI em Londres por complicações da Covid-19.
Líder britânico Boris Johnson dá entrada na UTI em Londres por complicações da Covid-19. REUTERS - GONZALO FUENTES
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"Durante a tarde, o estado de saúde do primeiro-ministro se deteriorou e, por conselho de sua equipe médica, ele foi transferido para a unidade de cuidados intensivos do hospital", informou o porta-voz. "O primeiro-ministro pediu ao ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, que o substitua no que for necessário", acrescentou em um comunicado.

Boris Johnson, de 55 anos, deu entrada na UTI do Hopital Saint Thomas, em Londres, por volda das 19h locais.

De acordo com uma fonte do governo, Boris Johnson permanece consciente e sua transferência foi decidida "como uma precaução caso ele precise de um respirador".

Poucas horas antes do anúncio de sua internação em terapia intensiva, o chefe de diplomacia Dominic Raab havia assegurado que o premiê havia passado uma "noite tranquila" no Hospital St Thomas, no centro de Londres, e que ele permaneceu "sob observação".

"O moral dele é bom" e "ele continua liderando o governo", afirmou ele durante a coletiva de imprensa executiva diária, pressionado com perguntas sobre a capacidade do primeiro-ministro de desempenhar suas funções apesar da doença.

Mais de 50 mil casos no Reino Unido

Mais de 50.000 pessoas testaram positivo para a Covid-19 no Reino Unido, que se tornou um dos países mais afetados da Europa, e 5.373 morreram.

Entre os casos positivos também está o príncipe herdeiro Charles, que agora se recuperou após desenvolver sintomas leves do vírus. Ele encontrou sua esposa Camilla na segunda-feira, com resultado negativo no Covid-19, mas que ficou confinada por 14 dias como precaução.

Diante da escala da crise, a rainha Elisabeth II, 93 anos, se dirigiu aos britânicos no domingo (5) para incentivá-los a lutar contra a pandemia e instilar neles uma mensagem de esperança. Esse pronunciamento fora do protocolo, o quarto apenas em 68 anos de reinado, foi visto por mais de 23 milhões de espectadores.

Criticado por ter atrasado o balanço da situação, o governo construiu hospitais de emergência em campo para aliviar um sistema de saúde sobrecarregado, prometido multiplicar por dez os testes que faltam e liberou quantias gigantescas para responder à crise econômica e social .

Desde o anúncio de sua doença, Boris Johnson continuou a liderar a o governo de quarentena, de seu apartamento em Downing Street, de onde ele postou mensagens de vídeo no Twitter pedindo aos seus compatriotas que ficassem em casa.

O jornal de esquerda The Guardian disse, nesta segunda-feira, que "Johnson estava mais gravemente doente do que ele ou seus funcionários estavam dispostos a admitir, e foi visto por médicos preocupados com sua respiração".

França

O presidente francês Emmanuel Macron tuitou n noite desta segunda-feira (6): "Todo o meu apoio a Boris Johnson, à sua família e ao povo britânico neste momento difícil". E disse esperar que ele se recupere rapidamente. 

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse que estava convencido que o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, submetido a tratamento intensivo após sua contaminação por Covid-19, "superaria essa provação".

"Conheço sua força, estou convencido de que ele utilizará seus recursos, que são ótimos, a capacidade de superar essa provação", afirmou ele na BFMTV, um canal de televisão francês. "É também um símbolo da seriedade da crise, que afeta a todos".

Os comentaristas políticos da BFMTV afirmaram que a internação de Johnson na UTI deve representar o fim do discurso “leve” ou negacionista da pandemia, citando líderes como próprio Johnson, mas também Donald Trump (EUA) e Jair Bolsonaro (Brasil). 

 

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