Europa supera a Ásia em número de mortos por coronavírus
De acordo com balanço diário feito pela agência AFP com base em dados oficiais, a Europa superou a Ásia em termos de número de mortes provocadas pelo coronavírus. No final da manhã desta quarta-feira (18), o continente europeu contabilizava pelo menos 3.422 mortes, mais do que a Ásia (3.384), onde a pandemia começou pela China.
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Em todo o mundo, mais de 200.680 casos do novo coronavírus foram confirmados desde o surgimento da doença em dezembro, na cidade chinesa de Wuhan. Os critérios para a elaboração dos balanços variam de região para região e os casos confirmados refletem apenas parte da realidade, uma vez que a maioria dos países realiza testes apenas em pacientes que necessitam de hospitalização.
Em termos de mortes, o número estabelecido pela AFP é de 8.092, sendo a maioria na Europa, confirmando que o continente passou a ser o principal foco da pandemia. A região contabiliza 78.766 casos.
A Itália é o país europeu mais afetado, com 2.503 mortes. Mas a multiplicação de casos na Espanha é impressionante. O país ibérico, o segundo mais atingido no continente, registrou nas últimas 24 horas 2.500 infectados e 67 mortos, elevando para 13.716 o número de casos e para 558 o balanço de vítimas fatais em todo o território. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, advertiu que “o pior está por vir”.
Milhares de pessoas estão confinadas no continente. Depois de Itália, Espanha e França, nesta quarta-feira foi a vez da Bélgica entrar em quarentena. Nesses países, a população só é autorizada a circular nas ruas para ir ao médico, fazer compras, correr, passear o cachorro ou trabalhar, se o serviço for considerado essencial.
A União Europeia fechou suas fronteiras desde terça-feira (17) por 30 dias para tentar frear a propagação do Covid-19. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, admitiu que os líderes políticos do bloco subestimaram o perigo representado pela epidemia. Ela tem esperanças que uma vacina contra o coronavírus seja desenvolvida por um laboratório alemão antes de outubro deste ano.
Metade dos estudantes do mundo sem aulas
A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) anunciou hoje que metade dos estudantes do mundo, ou seja, mais de 850 milhões de crianças e adolescentes, estão sem aulas devido à pandemia de coronavírus.
Com o fechamento total de escolas e universidades em 102 países e o fechamento parcial em outros 11, o número de estudantes sem aulas dobrou em quatro dias e deve continuar aumentando, destacou a entidade em um comunicado. "Isto impõe aos países desafios imensos para poder proporcionar um aprendizado ininterrupto a todas as crianças e jovens de maneira equitativa", afirmou a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.
Como resposta imediata ao fechamento das escolas, a Unesco criou um grupo de trabalho para dar assessoria e assistência técnica aos governos, anunciou a instituição, sediada em Paris. A Unesco também destacou que está organizando reuniões virtuais periódicas com os ministros da Educação de todo o mundo para compartilhar experiências e avaliar as necessidades prioritárias.
(Com informações da AFP)
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