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Linha Direta

União Europeia deve fechar suas fronteiras por pelo menos 30 dias para conter coronavírus

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Em mais um desdobramento da pandemia do novo coronavírus, líderes da União Europeia se reúnem nesta terça-feira (17) para discutir medidas coordenadas de combate ao vírus. A reunião será online, por videoconferência. Este é o segundo encontro extraordinário dos chefes de Estado e de governo do bloco em menos de uma semana.

Os países do espaço Schengen, incluindo a França, pretendem evitar a vinda de turistas de fora da Europa para conter a expansão do coronavírus.
Os países do espaço Schengen, incluindo a França, pretendem evitar a vinda de turistas de fora da Europa para conter a expansão do coronavírus. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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Mais uma reunião virtual dos líderes europeus já que a Europa é agora o centro da epidemia do novo coronavírus. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde existem 63.268 casos no continente europeu. Um número que está aumentando em uma velocidade assustadora e que em breve deve ultrapassar o registro de infectados na Ásia, pois o pico da contaminação na Europa ainda não aconteceu.

Durante a videoconferência os chefes de Estado e de governo do bloco devem discutir ações coordenadas para reduzir a pressão sobre os sistemas de saúde nos países da União Europeia e prevenir que a epidemia se mantenha sob controle em solo comunitário. Vários países do bloco europeu decidiram fechar provisoriamente suas fronteiras.

Fechamento total ou parcial

Apesar da opinião de especialistas de que o fechamento temporário das fronteiras pode causar mais estrago do que proteção, vários países do bloco europeu decidiram fechar suas fronteiras a todos os estrangeiros. Alemanha, Itália, França, Espanha, Portugal, Grécia, Dinamarca, República Tcheca, Polônia, Hungria, Finlândia, Chipre, Letônia, Lituânia e Eslováquia estão com fechamento parcial ou total de fronteiras.

Em alguns desses países só entra quem é cidadão ou quem tem permissão de residência. Nas estradas, os controles feitos pela polícia e exército estão provocando enormes engarrafamentos. Longas filas de caminhões estão se formando nas rodovias prejudicando inclusive a produção de equipamentos de saúde. Bruxelas quer implementar as chamadas green lane – acesso verde – para desobstruir a passagem de cargas entre os países do bloco.

Desacelerar a propagação do Covid-19

A proposta da Comissão Europeia de proibir as viagens não essenciais ao espaço Schengen por 30 dias é mais uma tentativa de limitar e desacelerar a propagação do novo coronavírus.

Com a medida, os turistas estrangeiros estariam proibidos de entrar na União Europeia durante um mês, período que pode ser estendido, caso necessário. Cidadãos europeus, residentes de longa data, diplomatas, médicos e profissionais que trabalham para conter a epidemia do novo coronavírus não serão afetados.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, explicou que “quanto menos viagens, mais chances teremos para conter o vírus”.

No entanto, a proibição de ir e vir fere as liberdades fundamentais do bloco: a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais. A ideia é impor esta restrição no espaço Schengen, que é formada por 22 dos 27 países do bloco, além da Suíiça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. O Reino Unido e a Irlanda não fazem parte do acordo Schengen.

Se aprovada pelos líderes europeus a proibição pode entrar em vigor ainda esta semana. Os governos do bloco devem garantir a livre circulação de todos os produtos, principalmente, remédios, equipamentos médicos e alimentos.

Decisões dos governos nacionais

Além da Itália, país europeu mais afetado pela Covid-19 com cerca de 28 mil infectados pela doença e mais de 2 mil mortos, e a Espanha que decretou estado de emergência na semana passada, os principais dirigentes europeus fizeram discursos às nações divulgando novas restrições sociais em nome do combate ao novo coronavírus.

O presidente francês, Emmanuel Macron, endureceu as medidas restringindo reuniões públicas e proibindo viagens para fora do espaço Schengen por 15 dias. As infrações serão multadas.

A chanceler alemã Angela Merkel, também anunciou medidas radicais desautorizando as viagens de lazer e a abertura do comércio não essencial no país.

No Reino Unido, que não faz mais parte do bloco europeu, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson se recusou a anunciar decisões drásticas, mas finalmente pediu para que as viagens e contatos não essenciais sejam evitados. Por receio do coronavírus, a rainha Elizabeth II, 93 anos, deixou o Palácio de Buckingham para se instalar no Castelo de Windsor, que está mais distante do centro de Londres.

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