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Atentado

Autor de ataque em Londres foi condenado a 16 anos de prisão por terrorismo em 2012

A polícia britânica identificou o homem que matou duas pessoas a facadas na sexta-feira (29) em um novo ataque terrorista no centro de Londres. Em 2012, Usman Khan já havia sido condenado a 16 anos de prisão pela tentativa de realizar um atentado dois anos antes contra a Bolsa de Londres, junto a um grupo ligado à Al-Qaeda.

Socorristas prestam atendimento aos feridos no atentado terrorista no centro de Londres na sexta-feira, 29 de novembro.
Socorristas prestam atendimento aos feridos no atentado terrorista no centro de Londres na sexta-feira, 29 de novembro. DANIEL SORABJI / AFP
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Segundo informações do chefe da unidade antiterrorista britânica, Neil Basu, o autor da agressão tinha 28 anos estava em liberdade condicional desde o ano passado e ainda utilizava uma tornozeleira eletrônica. A previsão era de que ele não deixasse a prisão até o final da pena, mas a Justiça revisou a decisão recentemente.

Na época da condenação, Khan tinha apenas 19 anos. Segundo o juiz que pronunciou a sentença, Justice Wilki, o rapaz e outros dois homens eram os mais perigosos da gangue. O jornal britânico The Guardian também revela que o agressor fazia parte de um grupo de nove extremistas ligados à Al-Qaeda que pretendia criar um centro de treinamento terrorista no Paquistão.

Falso colete-bomba

O atentado foi perpetrado na tarde de sexta-feira, por volta das 14 de Londres (11h de Brasília) na London Bridge, mesmo local onde um ataque terrorista deixou oito mortos em 2017. Khan partiu para cima de pedestres com uma faca e vestia um colete-bomba. Mais tarde, a polícia indicou que o artefato era falso.

As imagens do ataque, filmadas por pedestres e publicadas nas redes sociais, mostram vários momentos do ataque, entre o movimento de pânico na London Brigde e a ação da polícia, no momento em que o agressor foi morto a tiros. Antes de ser abatido, Khan foi imobilizado por vários pedestres.

Além das duas pessoas mortas, outros três feridos seguem hospitalizados, um homem e duas mulheres. Um deles está em estado crítico. A identidade das vítimas não foi divulgada até o momento.

No Twitter, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, saudou o "imenso heroismo" das pessoas que tiveram a coragem de agir contra o agressor, mesmo ignorando que o colete-bomba era falso. "Vamos continuar unidas e determinadas diante do terrorismo. Aqueles que querem nos atacar e nos dividir jamais conseguirão", declarou.

Campanha eleitoral

O atentado ocorre a poucos dias das eleições legislativas no Reino Unido, prevista para 12 de dezembro. Além disso, o país abrigará em 3 e 4 de dezembro uma cúpula da Otan. Tanto o Partido Conservador, do primeiro-ministro Boris Johnson, como seu principal rival, o Partido Trabalhista, suspenderam suas campanhas temporariamente, em respeito às vítimas.

Johnson convocou uma reunião de urgência de seu gabinete na noite de sexta-feira. O premiê declarou que a Grã-Bretanha "não será jamais dividida nem intimidada por este tipo de ataque", e prometeu que "qualquer pessoas implicada neste crime será processada e apresentada à Justiça". Também pediu vigilância máxima da população enquanto as investigações sobre o incidente continuam.

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