39 corpos encontrados em um caminhão frigorífico perto de Londres eram de nacionalidade chinesa
Os 39 mortos encontrados em um caminhão frigorífico perto de Londres na madrugada desta quarta-feira (23) eram cidadãos chineses. A informação foi destaque em todos os jornais britânicos desta quinta-feira (24).
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A polícia britânica abriu um inquérito para determinar as circunstâncias do drama, que provocou indignação no país e muitos pedidos para fortalecer a luta contra as redes de imigração ilegal. Os coiotes empregam métodos cada vez mais arriscados para driblar os guardas nas fronteiras.
De acordo com a polícia, o contêiner frigorífico chegou às 00h30 de quarta-feira (20h30 de terça no horário de Brasília) em Purfleet, procedente de Zeebrugge, Bélgica, enquanto o caminhão que rebocava o contêiner partiu da Irlanda do Norte.
Duas buscas foram realizadas no país na madrugada desta quinta-feira. O motorista do caminhão, um jovem de 25 anos desta província, está em prisão preventiva. Ele foi detido no âmbito de uma investigação por assassinato. Segundo a imprensa britânica, o motorista é Mo Robinson, morador de Portadown, Irlanda do Norte, no condado de Armagh, onde buscas foram realizadas.
Na quarta-feira, a polícia foi alertada pouco antes das 01h40 pelos serviços de emergência sobre a presença de um caminhão com corpos sem vida em uma área industrial em Grays, Essex, a 20 quilômetros de Londres e perto do porto de Purfleet, no Tamisa. A polícia, auxiliada pela Agência Nacional contra o crime, tenta nesta quinta-feira traçar a rota do caminhão.
Caminhão vinha da Bulgária
O Ministério Público belga, que também abriu uma investigação, confirmou que o contêiner passou na terça-feira (22) por Zeebrugge. “No momento, ainda não se sabe quando as vítimas foram colocadas no contêiner e se isso aconteceu na Bélgica", informou o Ministério. A investigação se concentrará "nos organizadores e em todas as outras pessoas envolvidas neste transporte".
O caminhão foi registrado na Bulgária, confirmou o primeiro-ministro búlgaro Boyko Borissov, em nome de uma empresa com sede na Irlanda do Norte. Mas ele "não entrou mais no país desde 2017. Não há conexão conosco, apenas a placa", disse à televisão local.
Segundo a Agência Nacional contra o Crime (NCA), o número de migrantes que chegam clandestinamente ao Reino Unido em conteîneres e caminhões aumentou nos últimos anos. Em relatórios recentes, a NCA observou "o uso crescente de métodos cada vez mais arriscados", principalmente dos portos de Calais (França) e Zeebrugge ou através do Túnel do Canal da Mancha. Em agosto de 2015, 71 migrantes da Síria, Iraque e Afeganistão a caminho da Europa Ocidental morreram em um caminhão frigorífico na Áustria.
(Com informações da AFP)
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