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Itália/Dívida

UE rejeita novo orçamento da Itália e abre caminho para sanções

Bruxelas rejeitou novamente a proposta orçamentária da Itália e abriu caminho para sanções ao país. A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (21) que vai adotar um processo disciplinar contra o país por dívida excessiva. Roma poderia, teoricamente, segundo o órgão europeu, pagar 0,2% do seu PIB, cerca de € 3,4 bilhões.

O ministro do Interior da Itália e vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini, fala à imprensa no Senado, em Roma, em 6 de novembro de 2018.
O ministro do Interior da Itália e vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini, fala à imprensa no Senado, em Roma, em 6 de novembro de 2018. REUTERS/Remo Casilli
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Roma não cumpriu os critérios para a redução da dívida definidos pela União Europeia (UE) e por isso deve suportar as consequências de sua decisão, diz Bruxelas. Para a Comissão Europeia, existe o risco de a Itália mergulhar na instabilidade. Em um relatório divulgado nesta quarta-feira, a Comissão afirma que o governo italiano "planeja voltar atrás nas reformas estruturais para o crescimento do país, especialmente no caso de reformas implementadas no passado sobre pensões".

Mas a Itália se recusa a ceder: "Vamos falar sobre isso daqui a um ano", retrucou Matteo Salvini. O vice-chefe do governo italiano disse que qualquer sanção europeia contra Roma seria um sinal de "desrespeito" em relação aos italianos.

Orçamento para 2019 propõe aumento da dívida

No final de outubro, o Parlamento italiano adoptou o projeto do orçamento para 2019, com uma proposta que aumenta a já enorme dívida da Itália, que corresponde a 130% do PIB do país. Segundo a Comissão Europeia, Roma tem sido otimista demais sobre suas previsões de crescimento e que seu orçamento não permitirá reduzir sua dívida.

Para especialistas, Bruxelas deve ser firme, mas flexível ao mesmo tempo, para evitar o risco de muita turbulência no mercado, onde preocupações sobre a Itália poderiam se espalhar para o resto do eurobloco.

"Obviamente que estou preocupado", disse o ministro italiano da Economia, Giovanni Tria, sobre o aumento do "spread" - a diferença entre as taxas de juros italianas e alemãs. Ele não mencionou, no entanto, uma possível mudança no orçamento.

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