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Puigdemont faz visita misteriosa na Bélgica após destituição

O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, destituído por Madri, encontra-se nesta segunda-feira (30) em Bruxelas, na Bélgica, acompanhado de outros membros do Executivo catalão. A informação foi divulgada por fontes do governo espanhol e também pelos jornais La Vanguardia e El País.

O presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, viajou para Bruxelas, capital belga. Foto ilustração. 26/10/17
O presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, viajou para Bruxelas, capital belga. Foto ilustração. 26/10/17 REUTERS/Yves Herman
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Carles Puigdemont, presidente da Generalitat (ex-região autônoma da Catalunha), demitido pelo governo central espanhol, não se encontra nem em Barcelona nem em Madri nesta segunda-feira (30).

Segundo informações da imprensa espanhola, ele viajou a Bruxelas, acompanhado de integrantes de seu governo, no mesmo dia em que o procurador-geral da Espanha, José Manuel Maza, apresenta queixas por rebelião, corrupção e outros crimes contra o governo catalão e o Parlamento de Barcelona. Os delitos podem ser punidos com até 30 anos de prisão.

Uma aparição pública de Puigdemont e de outros membros destituídos do governo da Catalunha pode acontecer nesta segunda-feira, segundo o jornal La Vanguardia.

Fontes do Ministério do Interior espanhol confirmaram a presença do ex-presidente em Bruxelas, mas asseguraram que não estão "preocupadas" com essa viagem porque, o que “mais interessou hoje é que ele não tenha ido ao Palácio da Generalitat” (antiga sede do governo catalão).

Bon dia ????

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Oferta de asilo para Puigdemont

A presença de Puigdemont na Bélgica, juntamente com pelo menos cinco de seus ex-conselheiros, responderia, segundo La Vanguardia, a uma oferta de asilo político feita neste domingo (29) por um funcionário do “alto escalão do governo belga”, uma “possibilidade que começa a ser levada a sério”.

A oferta de asilo partiu de Theo Francken, secretário de Estado belga de Migração e Asilo, e provocou, ainda segundo La Vanguardia, “uma crise dentro do governo belga” e obrigou o premiê, Charles Michel, a desautorizar a oferta.

Em comunicado oficial, Michel disse que o asilo de Puigdemont "não está na agenda" do governo. "Peço a Theo Francken que não adicione combustível ao fogo", disse o primeiro-ministro belga, que também reiterou seu apelo ao diálogo entre as autoridades espanholas e catalãs. O porta-voz do governista Partido Popular, o PP [do premiê espanhol, Mariano Rajoy] no Parlamento Europeu, Esteban González Pons, afirmou ontem que Francken violou os princípios de solidariedade e colaboração dos países da União Europeia.

Segundo o jornal El País, o ex-presidente da Catalunha “publicou uma foto nesta manhã em seu perfil do Instagram sugerindo que ele estava dentro do Palácio da Generalitat”. Acompanhando a imagem, ele escreveu um breve "bom dia". “No entanto, a imagem do céu de Barcelona na segunda-feira não coincidiu com a mostrada por Puigdemont”, analisa El País. “Horas depois, soube-se que o ex-presidente está em Bruxelas”, finaliza o jornal espanhol.

Partido separatista catalão participará de eleições regionais

O partido separatista do presidente catalão destituído anunciou nesta segunda-feira que vai participar das eleições regionais convocadas para 21 de dezembro pelo Estado espanhol, que colocou a Catalunha sob tutela.

“No dia 21, nós iremos às urnas, iremos com convicção e desejamos profundamente que a sociedade catalã possa se expressar", declarou à imprensa a porta-voz do partido PDeCAT, Marta Pascal, três dias após a proclamação de independência no Parlamento catalão, o que provocou a intervenção de Madri na região autônoma.

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