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Defesa

Preocupada com Putin, Suécia volta a ter serviço militar obrigatório

A partir de 1º de julho, todo jovem sueco nascido após 1999 será convocado para servir as Forças Armadas. O governo aponta os conflitos da Rússia como uma das razões para a medida.

REUTERS/Fabrizio Bensch/File Photo
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Há sete anos o serviço militar se tornou voluntário na Suécia, país que há 200 anos não enfrenta um conflito armado em seu território. Agora, alegando graves mudanças no cenário internacional, o governo de esquerda, em comum acordo com a oposição de centro-direita, volta a instaurar a conscrição obrigatória.

“Estamos num contexto no qual a Rússia anexou a Crimeia, e faz frequentes exercícios militares no mar Báltico”, informou o ministro da Defesa sueco, Peter Hultqvist. “

Apesar de não dividir uma fronteira terrestre com a Rússia, os dois países têm faixas costeiras em lados opostos do mar Báltico, onde um submarino não identificado foi detectado pelos radares suecos em 2014.

Segundo o Centro de Análises das Políticas Europeias, um instituto norte-americano, a Rússia teria 33 mil homens treinados e preparados para invadir qualquer território estrangeiro no mar Báltico, inclusive a ilha sueca de Gotland.

“Nós vemos a Rússia como expansionista, e pronta a recorrer à violência para atender os seus interesses”, disse à agência AFP o especialista em segurança internacional sueco Wilhelm Agrell.

Rapazes e moças, às armas!

Recrutando rapazes e moças, sem nenhuma distinção entre os sexos, a Defesa sueca espera preencher as fileiras que não vêm sendo preenchidas pelo serviço militar voluntário. Treze mil jovens serão convocados e mobilizados, mas somente 4 mil permanecerão nas Forças Armadas depois de terminado o serviço obrigatório de onze meses.

Não sendo membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Suécia e Finlândia, outro vizinho do mar Báltico, assinaram em 2016 um acordo de cooperação militar com os Estados Unidos. Tanto suecos como finlandeses, que dividem uma fronteira terrestre de 1.340 quilômetros com a Rússia, cogitam uma eventual adesão à Otan, mas receiam, ao mesmo tempo, a reação de Moscou.

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