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Reino Unido

Inglesa cria petição contra obrigatoriedade do salto alto no trabalho

Quando a inglesa Nicola Thorp foi dispensada do trabalho por não estar usando salto alto, ela nem imaginaria a indignação que causaria nas redes sociais ao criar uma petição contra a imposição do salto alto ao vestuário feminino.  As britânicas bombardearam a internet nesta sexta-feira (13) com muitos tipos de calçados… mas todos sem salto.

Britânicas aderiram ao movimento #FlatsFriday, contra o uso obrigatório do salto alto no trabalho.
Britânicas aderiram ao movimento #FlatsFriday, contra o uso obrigatório do salto alto no trabalho. Reprodução/Twitter
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O movimento ganhou até hashtag #FlatsFriday, algo como sexta-feira sem salto. Mulheres de todo o Reino Unido foram ao trabalho hoje utilizando sapatos baixos para apoiar Nicola Thorp.

A britânica de 27 anos foi dispensada de um trabalho de recepcionista porque chegou ao local usando sapatilha. A justificativa que recebeu foi que o vestuário “correto” da mulher no trabalho exige que ela utilize sapato com “ao menos” dez centímetros.

"Minha supervisora me explicou que sapatilhas não fazem parte do ‘dress code’ das mulheres. E me disse que eu seria dispensada sem ser paga, caso não me dirigisse imediatamente a uma loja para comprar um par de sapato alto", disse ao jornal The Telegraph.

Thorp contou que se recusou a atender a exigência. Ela apontou para um colega homem e perguntou: "por que ele pode trabalhar sem salto?". Quando reclamou que estava sendo vítima de discriminação, sua supervisora riu e a dispensou.

Jovem quer tornar ilegal a exigência dos saltos

Em resposta, a jovem criou uma petição para protestar contra a exigência e, especialmente, torná-la ilegal. "É uma clara discriminação contra as mulheres e usar salto alto nos causa dor", disse ao jornal The Telegraph.

Além do salto alto, ela também reclama da obrigatoriedade, em vários empregos, do uso da maquiagem. Como no caso dos saltos, apenas as mulheres devem obedecer a regra. "Maquiagem é feira para tornar as mulheres mais atraentes, não profissionais. Deveríamos nos perguntar qual é o verdadeiro objetivo do empregador quando ele nos faz essas exigências", diz.

Embora ainda não tenha criado uma petição contra a obrigatoriedade da maquiagem, Thorpe conta que está satisfeita com a adesão ao movimento contra o salto alto. Até agora, ela obteve oito mil assinaturas. Se o documento conseguir o apoio de 100 mil pessoas, a questão poderá ser discutido no Parlamento britânico.

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