Acessar o conteúdo principal
"Homem do chapéu"

Bélgica indicia dois homens procurados pelos atentados de Paris e Bruxelas

O belga-marroquino Mohamed Abrini, de 31 anos, acusado pelos ataques de novembro em Paris, é o terceiro homem "presente durante os atentados" do aeroporto de Bruxelas em 22 de março. Abrini confessou ser "o homem do chapéu", anunciou neste sábado (9) a Procuradoria belga. As autoridades também indiciaram um segundo participante da explosão no metrô de Bruxelas.

O "homem do chapéu", Mohamed Abrini, participou dos atentados de Paris e Bruxelas.
O "homem do chapéu", Mohamed Abrini, participou dos atentados de Paris e Bruxelas. REUTERS/CCTV/Belgian Federal Police/
Publicidade

A detenção de seis suspeitos em uma operação policial realizada nesta sexta-feira (8) nos arredores de Bruxelas confirmou o estreito vínculo entre os ataques de Paris e Bruxelas. Após longas horas de interrogatório, quatro homens foram indiciados por crimes relacionados com o terrorismo e os dois restantes foram liberados.

Além de Mohamed Abrini, um segundo suspeito detido, Osama Krayem, é a pessoa filmada pelas câmeras de segurança do metrô Bruxelas, pouco antes da explosão na estação de Maalbeek, no coração do bairro europeu da capital belga. Abrini e Krayem foram incriminados por "assassinatos terroristas".

A Procuradoria belga também indiciou por "cumplicidade em assassinatos terroristas" Hervé B. M. e Bilal E. M. Bilal era conhecido das autoridades. Ele passou pela Síria, teve uma perna amputada em seu retorno a Bruxelas, e foi condenado no ano passado a dois anos de prisão no processo contra o grupo islamita Sharia4Belgium. O suspeito usava uma tornozeleira eletrônica de controle judicial e há dois dias havia desaparecido dos radares da polícia belga. 

"Homem do chapéu" disse ter vendido acessório

Durante os interrogatórios, Abrini, o "homem do chapéu", reconheceu sua presença no aeroporto internacional de Bruxelas no dia dos ataques. Ele afirmou aos investigadores que jogou seu casaco de cor clara em uma lata de lixo e vendeu o chapéu depois de deixar o aeroporto.

Na quinta-feira, a polícia belga tinha feito um apelo a testemunhas para tentar localizar o suspeito, registrado pelas câmeras de segurança do terminal ao lado de Ibrahim El-Bakraoui e Najim Laachraoui, os homens-bomba da sala de embarque. A Procuradoria divulgou um vídeo do "homem de chapéu", captado por diversas câmeras de segurança em sua fuga, a pé. Abrini andou 10 quilômetros até que seu rastro foi perdido no centro de Bruxelas, duas horas depois das explosões.

Mohamed Abrini deu apoio logístico aos ataques

Investigadores franceses e belgas suspeitam que Abrini viajou de carro com Salah Abdeslam, sobrevivente dos comandos que atacaram Paris, e seu irmão Brahim - que detonou sua carga explosiva nas ruas de Paris - duas vezes, nos dias 10 e 11 de novembro, pouco antes dos atentados na capital francesa. De acordo com a Procuradoria belga, durante as viagens os três alugaram os esconderijos na região parisiense utilizados pelos comandos terroristas de 13 de novembro.

Abrini cresceu no bairro belga de Molenbeek, como Abdeslam, que está detido desde 18 de março na área de segurança máxima da prisão de Brugges, à espera da extradição para a França.

Segundo indiciado participou de explosão no metrô

Poucas horas antes da detenção de Abrini, a polícia prendeu outros dois indivíduos, um deles identificado como Osama Krayem, também conhecido como Naim Al-Ahmed. Segundo a imprensa belga, Krayem nasceu na Suécia em 1992 e era morador de um bairro popular de Malmo.

As investigações mostraram que Abdeslam levou o amigo Krayem de carro de Ulm, na Alemanha, até a Bélgica em 3 de outubro, mais de um mês antes dos atentados de Paris. Krayem comprou as mochilas utilizadas pelos terroristas de Bruxelas.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.