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Polícia belga procura terrorista que teria sobrevivido aos ataques

Autoridades belgas lançaram uma verdadeira caça para encontrar os possíveis autores dos atentados que atingiram a capital do país, Bruxelas, nesta terça-feira (22) e que deixaram 34 mortos e cerca de 200 feridos.

Torre Eiffel iluminada com as cores da Bélgica, em homenagem às vitimas dos atentados desta terça-feira  (22), em Bruxelas.
Torre Eiffel iluminada com as cores da Bélgica, em homenagem às vitimas dos atentados desta terça-feira (22), em Bruxelas. REUTERS/Philippe Wojazer
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As autoridades divulgaram imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas onde é possível ver três homens empurrando carrinhos com bagagens. De acordo com o procurador-geral belga, Frédéric Van Leeuw, dois entre os suspeitos teriam cometido um atentado suicida e estão provavelmente mortos. O terceiro homem, que aparece com um casaco mais claro nas imagens e usando chapéu, está sendo procurado pela polícia local, de acordo com o procurador-geral.

Imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas mostram os suspeitos. Homem de casaco mais claro teria sobrevivido aos atentados.
Imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas mostram os suspeitos. Homem de casaco mais claro teria sobrevivido aos atentados. AFP PHOTO / BELGIAN FEDERAL POLICE

“Buscas estão sendo feitas em diferentes regiões do país”, afirmou Van Leeuw. O procurador-geral afirmou ainda que explosivos e uma bandeira do Estado Islâmico foram encontrados numa busca à comuna de Schaerbeek, que fica no norte da Bélgica.

O Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques desta terça-feira, os mais sangrentos da história na capital belga. De acordo com especialistas, os atentados em Bruxelas mostram que o EI continua capaz de organizar operações mortais, apesar da pressão policial a que eles vêm sendo submetidos.

Bruxelas, reduto de radicais islâmicos
Frequentemente considerada como um santuário para islamistas radicais, Bruxelas havia sido poupada, até agora, de atentados como os ocorridos em Madri, em 2004; Londres, em 2005 e em Paris, por duas vezes em 2015.

“Uma célula de nossos soldados se lançou em direção à Bélgica”, escreveu o Estado islâmico num comunicado onde acusa o país de “não parar de combater o islamismo e os muçulmanos”.
Os atentados ocorrem quatro dias após a captura de Salah Abdeslam, o único sobrevivente entre os terroristas que cometeram os atentados em Paris, no último mês de novembro. Abdeslam continua detido em Bruges, apesar do pedido de transferência já feito pelo governo francês. No entanto, o procurador-geral belga informou que ainda é muito cedo para estabelecer uma relação com os atentados de Paris.

Por volta das oito horas da manhã, duas explosões foram ouvidas no aeroporto de Bruxelas, deixando 14 mortos e 96 feridos, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros local. Uma terceira bomba, que não explodiu, foi encontrada no aeroporto, de acordo com a declaração do governador da província de Brabant Flamand, Lodewijk De Witte.

Uma hora mais tarde, um novo atentado deixou cerca de 20 mortos na estação de metrô Maelbeek, no centro da capital belga, próxima às sedes do Parlamento e da Comissão Europeia. Um vagão lotado de passageiros explodiu quando se preparava para deixar a estação. Mais de 100 pessoas ficarm feridas.

Atentados desencadeiam alerta de segurança em toda a Europa

O governo belga elevou o nível de alerta terrorista de 3 para 4, o grau máximo. O aeroporto de Bruxelas permanecerá fechado nesta quarta-feira (23). A segurança nas imediações das instituições europeias em Bruxelas e Estrasburgo, além das imediações das centrais nucleares belgas, foram reforçadas.

Os novos atentados desencadearam uma onda de alertas em outros países europeus. Medidas de segurança também foram reforçadas nos aeroportos de Paris, Londres, Frankfurt, Copenhague e Moscou. A França anunciou um deslocamento de 1600 policiais para reforçar a segurança no país. Já a Inglaterra anunciou que está reforçando suas forças policiais em “endereços nevrálgicos”.

O primeiro-ministro belga disse que “trata-se de um momento negro para o país”. Em um discurso transmitido pela TV, o rei Felipe, da Bélgica, disse que “este 22 de março nunca mais será um dia como outro qualquer”. O governo belga decretou luto oficial de três dias no país.
 

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