Cerca de 3 milhões de migrantes devem chegar à Europa até 2017
A Comissão Europeia calcula que quase três milhões de migrantes e refugiados chegarão à União Europeia (UE) entre 2015 e 2017, fugindo da guerra e da pobreza. De acordo com o anúncio feito nesta quinta-feira (5), o bloco deve receber o total de um milhão de pessoas até o final deste ano. Autoridades europeias avaliam como positivo o impacto econômico da entrada dos migrantes no bloco.
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No próximo ano, deve chegar o maior contingente: 1 milhão e 500 mil refugiados, de acordo com as previsões da Comissão Europeia. Em 2017, as estimativas diminuem para 500 mil pessoas. O total de chegadas aumentaria a população do bloco em 0,4%, uma vez que as solicitações de asilo forem aceitas.
Para o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, o impacto econômico gerado com a vinda dos migrantes e refugiados pode ser positivo para a União Europeia. "O PIB pode aumentar entre 0,2% e 0,3% em 2017", declarou, em uma entrevista coletiva. A avaliação leva em consideração os gastos públicos adicionais, assim como o aumento da mão de obra no mercado de trabalho, segundo Moscovici.
600 mil pessoas em 4 meses
Também nesta quinta-feira, a ONU revisou para cima a previsão da chegada de migrantes à União Europeia. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) preveem a entrada de mais 600 mil pessoas nos próximos quatro meses, procedentes da Turquia.
"Entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, antecipamos que podem acontecer, em média, 5 mil chegadas por dia a partir da Turquia, provocando um total de 600 mil chegadas à Croácia, Grécia, Sérvia, Eslovênia e a ex-república iugoslava da Macedônia", afirmou um comunicado.
Novo recorde na Alemanha
Já a Alemanha indicou hoje que o país registrou a entrada de 181.166 migrantes no mês de outubro, um número recorde. Desde o início deste ano, foram registradas 758.473 chegadas ao país.
Os dados são procedentes do sistema alemão Easy, que contabiliza os migrantes que chegam ao país e pretendem solicitar asilo e ainda não o fizeram, segundo o ministério do Interior. O ministério não descarta, no entanto, a possibilidade de pessoas registradas duas vezes ou outras que não foram registradas.
(Com informações da AFP)
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