Número de imigrantes que atravessam o Mediterrâneo aumentou 83%, diz ONU
Um número recorde de 137 mil migrantes atravessaram o mar Mediterrâneo em condições extremamente perigosas nos primeiros seis meses do ano. Os dados revelados nesta quarta-feira (1) pela ONU indicam um aumento de 83% de migrantes em relação ao mesmo período do ano passado.
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A maior parte dos imigrantes tenta entrar na Europa para fugir de conflitos em seus países, de guerras e perseguições, afirma as Nações Unidas. Segundo o levantamento, um terço das pessoas que conseguiram chegar à Itália ou à Grécia vieram da Síria. Mas há também afegãos, somális, eritreurs, iraquianos e sudaneses, entre outras nacionalidades.
A situação deve piorar nos próximos meses, período de verão na Europa, quando as redes de imigrantes clandestinos aproveitam as melhores condições do tempo para atravessar o Mediterrâneo em embarcações precárias. O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) afirma que a Europa "está diante de uma crise de refugiados por via marítima que atinge proporções históricas".
Itália e Grécia são os países mais expostos
Na segunda-feira, as autoridades italianas receberam 2.900 imigrantes socorridos no domingo no litoral da Líbia. Com isso, o número de refugiados que chegaram ao país no primeiro semestre registrou a cifra recorde de 68 mil pessoas.
A Guarda Costeira italiana coordenou no domingo o resgate de 21 embarcações em dificuldade, em uma operação na qual participaram navios militares britânicos, irlandeses e espanhóis. Também participou o navio "Phoenix", as ONGs Moas e Médicos Sem Fronteiras.
A chegada de imigrantes também se intensificou na Grécia desde o início do ano e já contabiliza 80 mil pessoas.
(Com informações da AFP)
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