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Dinamarca/violência

Dinamarca "caça" autor de ato terrorista que matou um civil e feriu três policiais

Um homem apontado como principal suspeito de ter cometido um atentado contra um centro cultural em Copenhague continuava foragido até a noite deste sábado (14). Uma foto foi divulgada na internet para ajudar a localizar o responsável pelo ato terrorista. Ele matou um civil que participava de um debate sobre islamismo e liberdade de expressão e feriu três policiais.

Policiais dinamarqueses estão à procura do autor do ataque contra um centro cultural em Copenhague.
Policiais dinamarqueses estão à procura do autor do ataque contra um centro cultural em Copenhague. REUTERS/Mathias OEgendal/Scanpix Denmark
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Inicialmente, a polícia dinamarquesa trabalhou com a hipótese de dois homens participantes do ataque contra o centro cultural Krudttønden, que teriam fugido em um carro Volkswagen Polo. O veículo foi encontrado abandonado horas mais tarde, perto do local do ataque e de uma estação.

Mais de quatro horas depois da ação, a polícia indicou que testemunham viram apenas um homem atirando. A foto divulgada pela polícia, aparentemente na saída de um estacionamento, mostra um homem vestido com um casaco escuro e um boné ou máscara bordô. Ele teria idade entre 25 e 30 anos, corpo atlético e 1,85 metros de altura.

Polícia afirma ter sido 200 tiros

O homem crivou de balas o local do evento no qual participavam o caricaturista Lars Vilks, jurado de morte depois de ter desenhado o profeta Maomé como um cachorro. As charges foram publicadas em 2007 e, desde então, ele se desloca apenas escoltado por seguranças. Também participava do debate o embaixador francês na Dinamarca, François Zimeray. Os dois saíram ilesos do atentado.

Zimeray descreveu as cenas de um ataque de extrema violência: "Eles atiraram de fora. Foi com a mesma intenção dos que atacaram o Charlie Hebdo, mas aqui eles não conseguiram entrar". O embaixador francês calculou que foram efetuados ao menos 50 disparos, mas a polícia indicou cerca de 200. "As balas atravessaram as portas e todo mundo se jogou no chão", lembrou Zimeray.

Em comunicado, a polícia informou que "um homem não identificado tinha sido morto pelos tiros". A imprensa dinamarquesa informou que os três policiais ficaram feridos quando tentavam proteger o centro cultural Krudttønden.

Diante da quantidade de disparos em um curto intervalo de tempo, especialistas especulam que pode ter sido usada uma ou mais armas automáticas.  Os serviços de informação do país (PET) acreditam que o atentado foi "planejado", mas ainda persistem dúvidas sobre a participação de uma ou mais pessoas na ação.

Reações

"A Dinamarca foi atingida hoje por um ato de violência cínica. Tudo leva a crer que o tiroteio era um atentado político e por isso, um ato terrorista", declarou a chefe de governo, Helle Thorning-Schmidt.

O governo francês foi um dos primeiros a "condenar com a maior veemência" o ataque terrorista.  O presidente François Hollande expressou para a primeira-ministra da Dinamarca "toda a solidariedade da França diante desse desafio".

O primeiro-ministro Manuel Valls confirmou, através do Twitter, que o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, irá à Copenhague o "mais rapidamente possível".
 

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