Acessar o conteúdo principal
Europa/economia

Economia da zona do euro estagna no segundo trimestre de 2014

A economia da zona do euro estagnou no segundo trimestre de 2014, segundo uma estimativa publicada nesta quinta-feira (14) pela agência Eurostat. Os maus resultados da França e da Alemanha explicam a desaceleração do crescimento no continente.  

Gráfico do crescimento da Zona Euro. Variação trimestral do PIB da zona euro em %.
Gráfico do crescimento da Zona Euro. Variação trimestral do PIB da zona euro em %. Reuters / Eurostat
Publicidade

A Eurostat confirmou um crescimento de 0,2% no primeiro trimestre. Os economistas previam em média um crescimento de 0,1%, mas a estagnação e os maus resultados das economias francesa e alemã impactaram a evolução da atividade na zona do euro no segundo semestre. As sanções econômicas adotadas contra a Rússia em razão da crise na Ucrânia também influenciam negativamente esse cenário.

Os dados da Eurostat também mostram, em relação ao segundo trimestre do ano passado, que o PIB dos 18 países da União Europeia está em alta de 0,7%, como esperado, depois de um resultado de positivo de mais 0,9% no primeiro trimestre. Além da França e da Alemanha, a Itália, terceira economia do bloco, também sofreu nos últimos meses, entrando em recessão entre abril e junho.

Curiosamente, os países que tiveram melhor desempenho foram os que enfrentaram graves dificuldades, como Espanha e Portugal, onde o crescimento atingiu 0,6%. O PIB holandês também registrou um aumento de 0,5% depois de uma queda de 0,4% entre janeiro e março.

Risco de deflação preocupa economistas

O risco de deflação também é presente no bloco. Segundo a Eurostat, a inflação na zona do euro caiu em julho a menos 0,4% em um ano, seu nível mais baixo desde o início da crise financeira, há cinco anos. Diversos responsáveis europeus, principalmente franceses, pediram nos últimos dias ao Banco Central Europeu que tomasse novas medidas para evitar a deflação.

Situação na França prejudica Europa

Os dados divulgados hoje pelo Instituto de Estatísticas da França também revelam que o país teve crescimento nulo no segundo trimestre deste ano. Com essa taxa de crescimento, o PIB não vai conseguir crescer 1%, como previam as autoridades francesas.

O próprio ministro da Economia, Michel Sapin, admitiu que a economia francesa deve crescer apenas 0,5% neste ano. Esse fraco desempenho vai comprometer a meta de redução do déficit público para o ano que vem.

Outro mau sinal para a economia francesa é a queda dos investimentos em todas as áreas, seja das empresas ou do Estado. O comércio exterior francês também patina.

A Alemanha, maior economia da Europa, é outra que enfrenta dificuldades. O PIB alemão recuou 0,2% no segundo trimestre, o que surpreendeu os analistas que esperavam uma queda de, no máximo, 0,1%.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.