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Ucrânia/ crise

Presidente da Ucrânia aumenta cessar-fogo, com apoio da Rússia

O presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, ampliou nesta sexta-feira (27) o cessar-fogo no leste do país, durante mais 72 horas. O prazo original expiraria às 22h (15h em Brasília). Enquanto isso, em Bruxelas, os líderes da União Europeia deram um limite de três dias para a Rússia fazer “ações concretas” para diminuir a tensão no país vizinho, sob pena de receber novas sanções.

Presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, esteve na reunião de cúpula dos líderes europeus, em Bruxelas.
Presidente da Ucrânia, Petro Porochenko, esteve na reunião de cúpula dos líderes europeus, em Bruxelas. REUTERS/Philippe Wojazer
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Em uma coletiva de imprensa na capital belga, onde estava para assinar o acordo de associação à União Europeia, Porochenko afirmou que a decisão de prolongar o cessar-fogo cabia a ele e precisava ser tomada hoje, devido à expiração do prazo inicial. A trégua foi proposta por Kiev na sexta-feira passada e aceita pelos insurgentes do leste, embora tenha sido desrespeitada de maneira esporádica ao longo da semana.

Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, havia pedido um cessar-fogo “de longa duração” na Ucrânia e o início de negociações diretas entre o governo de Kiev e as lideranças separatistas. “Sinceramente, nós estamos fazendo todo o possível para ajudar no processo de paz”, declarou o presidente. O chanceler russo, Serguei Lavrov, explicou, entretanto, que o cessar-fogo não deve ser um “ultimato” para os insurgentes baixarem as armas.

Pressão europeia

Os líderes europeus e os Estados Unidos pressionam Moscou a tomar “ações concretas” para desarmar os insurgentes pró-russos e trazer de volta os milicianos russos que combatem ao lado dos separatistas no leste ucraniano. Em um comunicado, a União Europeia determinou quatro condições para a Rússia evitar novas sanções, a serem cumpridas até segunda-feira à tarde: abertura de negociações sérias sobre a aplicação do plano de paz proposto pelo presidente ucraniano, a adoção de um mecanismo de verificação do cessar-fogo, supervisionado por inspetores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), o retorno do controle ucraniano em três pontos de fronteira entre os dois países e a libertação dos reféns detidos pelos separatistas pró-russos.

O Conselho Europeu prometeu voltar “examinar a situação” na segunda-feira e “tomar as medidas necessárias”, conforme o andamento da crise. O texto garante que os europeus estão prontos “para se reunir a qualquer momento” para a adoção de novas sanções contra Moscou, acusada de não usar sua influência sobre os separatistas para baixar a tensão na Ucrânia. Os europeus adotaram há quatro meses uma série de sanções contra personalidades russas e ucranianas pró-russas, principalmente o congelamento dos seus bens no bloco e a proibição de entrar nos países-membros da UE.

No final de semana, o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, terão uma nova conversa por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, para tratar sobre o assunto.
 

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