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Ucrânia/USA/Rússia

Líderes mundiais chegam a um acordo sobre crise na Ucrânia

Reunidas em Genebra, na Suíça, as autoridades ucranianas, russas, norte-americanas e europeias chegaram a um acordo sobre a crise na Ucrânia. Depois de um dia de discussões, os participantes do encontro lançaram nessa quinta-feira (17) um pedido comum de fim imediato da violência no leste do país. O texto também prevê o desarmamento dos grupos ilegais e exige que os prédios públicos invadidos sejam desocupados. No entanto, nenhum prazo exato para o cumprimento das medidas foi anunciado.

A chefe da diplomacia da europeia e o secretário de Estado norte-americano (e) felicitam o ministro ucraniano das Relações Exteriores (d) pela conclusão do acordo em Genebra.
A chefe da diplomacia da europeia e o secretário de Estado norte-americano (e) felicitam o ministro ucraniano das Relações Exteriores (d) pela conclusão do acordo em Genebra. REUTERS/Jim Bourg
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Deborah Berlinck, correspondente do jornal O Globo, especial para a RFI

Estados Unidos, União Européia, Ucrânia e Rússia chegaram a um acordo que, como eles mesmo descreveram, é o passo inicial para por fim ao violento confronto entre militantes pró-russos no leste da Ucrânia e o governo em Kiev. No texto, o governo ucraniano garante anistia a todos os integrantes de grupos armados russos que concordarem em desocupar os prédios públicos.

Se o acordo vai vingar ou não, é difícil dizer, pois vai depender muito da vontade de grupos ativistas pró-russos de entregar suas armas e sair de suas barricadas no leste da Ucrânia. Mas diante de um país à beira de um confronto civil, o passo que norte-americanos, europeus, ucranianos e russos conseguiram em Genebra não é pequeno. O comunicado que selou o acordo é taxativo : “Todas as partes devem abdicar da violência e de ações provocativas”, sejam elas militantes ucranianos pró-russos ou os governos de Moscou e de Kiev.

Desde que a península da Crimeia foi anexada por Moscou, instigada pela população russófona vivendo nesta faixa de terra da Ucrânia, russos de outras cidades ucranianas também se rebelaram erguendo barricadas e ocupando prédios públicos. Os rebeldes esperam que Moscou intervenha na Ucrânia para defendê-los. Mas sob pressão internacional e ameaça de mais sanções, a Rússia decidiu acalmar o jogo e colaborar, concordando com um documento que, inclusive, condena expressões, como “extremismo, racismo e intolerância religiosa”, usadas pelo presidente russo Vladimir Putin contra o atual governo de Kiev.

Segundo o documento, observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) irão à Ucrânia com a missão de garantir o retorno da paz à região e assegurar a libertação dos detidos durante as manifestações e ocupações de prédios públicos. Numa coletiva de imprensa num luxuoso hotel em Genebra, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, adotou um tom bem mais diplomático que o presidente Putin, quando garantiu que “a Rússia não tem desejo algum de enviar tropas à Ucrânia”.

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