Europeus discutem imposição de mais sanções contra a Rússia
A União Europeia (UE) considerou ilegítimo e ilegal o referendo pela separação da Ucrânia e a integração da Crimeia à Rússia. Bruxelas e Washington confirmaram que não irão reconhecer o resultado dessa consulta popular. Os ministros das Relações Exteriores do bloco estão reunidos nesta segunda-feira (17), em Bruxelas, para discutir detalhes sobre a imposição de mais sanções contra Moscou, que poderão ser aprovadas pelos líderes europeus ainda esta semana.
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O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que a Europa "dará uma resposta clara e determinada a esse referendo popular ilegal". O chanceler francês, Laurent Fabius, fez um apelo a Moscou para que tome medidas para evitar uma escalada perigosa. As sanções europeias contra a Rússia também poderão envolver a suspensão da cooperação militar.
No encontro desta segunda-feira, os chanceleres do bloco devem definir quando as sanções vão entrar em vigor. O congelamento de bens e restrição de vistos serão impostos a russos e ucranianos pró-Rússia envolvidos na intervenção militar na Crimeia. No entanto, os nomes do presidente russo, Vladimir Putin, e de seu chanceler, Serguei Lavrov, não estarão na lista, para que os canais de comunicação entre Moscou e a Europa sejam mantidos abertos.
No início do mês, os europeus suspenderam as negociações com a Rússia sobre o fim de vistos e congelaram os preparativos para um pacto econômico. Bruxelas avisou que adotaria mais sanções caso a situação continuasse a se deteriorar.
O embaixador da Ucrânia na UE, Kostyantin Yeliseyev, afirmou que a Rússia segue agravando a situação porque se aproveita da falta de unidade sobre as sanções dentro do bloco europeu. Ele alertou que a crise pode se estender, na sequência, para os países bálticos.
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