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Ucrânia/protestos

Angela Merkel defende manifestantes na Ucrânia em discurso no Bundestag

A chanceler alemã Angela Merkel defendeu nesta quarta-feira (29) os protestos na Ucrânia, durante um discurso sobre política geral dirigido aos deputados no Bundestag, o Parlamento alemão. Segundo ela, os manifestantes "devem ser ouvidos."

A chanceler alemã, Angela Merkel, que discursava perante o parlamento,  disse que os ucranianos que se manifestam em defesa dos valores europeus devem "ser ouvidos".
A chanceler alemã, Angela Merkel, que discursava perante o parlamento, disse que os ucranianos que se manifestam em defesa dos valores europeus devem "ser ouvidos". REUTERS/Tobias Schwarz
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De acordo com a chanceler alemã, os protestos na Ucrânia mostram que a população está descontente com a decisão do governo de "dar as costas" à União Europeia. "Os manifestantes batalham pelos mesmos valores que defendemos dentro da Europa e devem ser ouvidos", declarou.

"Graça à pressão das manifestações, as negociações entre o governo e a oposição, em toda a transparência, se tornaram possíveis", acrescentou. Angela Merkel voltou a afirmar que o governo alemão, através de sua embaixada em Kiev, apoia os esforços coletivos em busca de uma resolução pacífica para a crise.

O Parlamento ucraniano está reunido desde terça-feira na tentativa de encontrar uma solução para a onda de contestação que toma conta do país há dois meses, e que se tornou mais violenta em janeiro. Os confrontos entre a polícia e os manifestantes já deixaram pelo menos três mortos em Kiev.

Na terça-feira, os deputados votaram a extinção da lei reprimindo as manifestações e limitando as liberdades individuais, cuja adoção, em janeiro, contribuiu para a radicalização da contestação. Nesta quarta-feira, eles devem abordar uma questão mais delicada, relativa à anistia dos manifestantes detidos durante a ação policial.

Renúncia de premiê não acalma manifestações

O presidente Viktor Yanukovich também promulgou a renúncia do ex-premiê Nikolai Azarov e de todo o governo, acusado pela oposição de ser contra uma aproximação com a União Europeia e em favor do fortalecimento das relações com a Rússia.

Em contrapartida, o partido do presidente exige o fim da ocupação do centro de Kiev e das administrações locais em metade das regiões. Os manifestantes continuam exigindo a organização de novas eleições presidenciais.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, está em Kiev e deve discutir uma saída política e pacífica para crise com o presidente e a oposição. Ontem, o presidente russo Vladimir Putin pediu aos europeus que não influenciem na crise ucraniana.
 

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