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UE/Terrorismo

União Europeia inclui braço armado do Hezbollah em lista negra do terrorismo

Reunidos em Bruxelas, os ministros de Relações Exteriores da União Europeia incluíram nesta segunda-feira o braço armado do movimento radical xiita Hezbollah na lista de organizações terroristas do bloco. Os europeus reafirmaram, no entanto, a intenção de continuar dialogando com os partidos políticos libaneses, incluindo o Partido de Deus, a legenda oficial do Hezbollah no Líbano.

Líder do Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah discursa em vídeos para seus apoiadores em Beirute, no último dia  19 de julho de 2013.
Líder do Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah discursa em vídeos para seus apoiadores em Beirute, no último dia 19 de julho de 2013. REUTERS/Sharif Karim
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Os europeus argumentam que a sanção contra a ala militar do Hezbollah se justifica pela participação de membros do movimento radical xiita em atentados contra alvos israelenses em solo europeu.

Um deles teria ocorrido em julho do ano passado, no aeroporto de Bourgas, na Bulgária, provocando a morte de sete pessoas, entre elas cinco israelenses. O autor do ataque nunca foi identificado, mas os europeus afirmam ter indícios da implicação do Hezbollah. Em março deste ano, a justiça de Chipre condenou à prisão um suposto ativista do Hezbollah que preparava um atentado contra interesses israelenses na ilha.

O ministro alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, disse que não era mais possível continuar sem uma reação firme contra as ameaças do Hezbollah no solo europeu. Para o chanceler britânico William Hague, com esta decisão o bloco envia uma mensagem clara de que não vão tolerar agressões. Na prática, a inscrição nesta lista negra da União Europeia gera automaticamente o bloqueio dos bens de todas as pessoas ligadas à organização terrorista e a proibição da concessão de visto de entrada na União Europeia.

Embora os europeus não tenham mencionado, pode ter pesado na decisão o fato de combatentes do Hezbollah estarem atualmente apoiando as tropas do regime sírio na guerra contra os opositores do presidente Bashar al-Assad.
 

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