Desemprego atinge 12,2% na zona do euro e bate novo recorde
A taxa de desemprego na zona do euro bateu novo recorde em abril e atingiu 12,2% da população economicamente ativa, de acordo com os dados publicados nesta sexta-feira pela Eurostat, a agência europeia de estatísticas. O aumento foi de 0,1% em relação ao mês anterior.
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Em um comunicado, a agência afirma que 19,37 milhões de pessoas estão à procura de trabalho no conjunto dos 17 países que compõe à zona do euro. No mês de março, o o desemprego foi de 12,1%.
Em um mês, 95 mil pessoas engrossaram a lista de desempregados no bloco e nos últimos meses, o aumento dos que estão à procura de trabalho foi de 1,64 milhões.
A situação é mais grave na Grécia e na Espanha, dois países duramente atingidos pela crise econômica , onde o desemprego atinge mais de um em cada quatro trabalhadores. Entre a população na faixa etária entre 18 e 25 anos, o índice supera 50%.
Segundo a Eurostat, o desemprego chegou a 27% na Grécia, de acordo com os números mais recentes, de fevereiro. No mesmo período do ano passado, o índice era de 21,9%.
Na Espanha, o índice atingiu 26,8% em abril, e em Portugal, terceiro país mais atingido pela crise econômica, a taxa de desempregados chegou a 17,8%.
Por outro lado, os índices de desemprego mais baixos foram registrados na Áustria (4,9%), na Alemanha (5,4%) e em Luxemburgo (5,6%).
No conjunto da União Europeia, a taxa de desemprego atingiu 11% em abril, igual ao mês anterior. No total, 26,58 milhões de pessoas não têm trabalho nos 27 países do bloco europeu.
França
O índice de desemprego na França também bateu um novo recorde. Em abril, o país ganhou 40.000 novos desempregados. Ao todo, já são 3,26 milhões, o maior número em 17 anos. A crise não dá trégua ao mercado de trabalho francês que há dois anos consecutivos registra alta na taxa de desemprego.
Apesar desse panorama sombrio, o presidente François Hollande continua a insistir que vai inverter essa tendência até o final do ano. Na quinta-feira, durante encontro em Paris com Hollande, a chanceler alemã Angela Merkel voltou a puxar a orelha da França e lembrou que a concessão de mais dois anos para que o déficit francês entre nos eixos deve vir acompanhado de realizações de reformas estruturais.
O clima tenso entre os dois líderes europeus só se dissipou um pouco quando ambos concordaram com a necessidade de reforçar o poder do presidente do Eurogrupo que, segundo Hollande e Merkel, também deveria exercer o cargo em tempo integral.
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