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Vaticano/conclave

Entenda como funciona o conclave que vai escolher o próximo Papa

Após a renúncia de Bento 16 no último dia 28 de fevereiro, mais de 1 bilhão de católicos no mundo esperam a designação do próximo Papa.

Reunidos em conclave, os cardeais vão escolher o novo Papa antes da Páscoa.
Reunidos em conclave, os cardeais vão escolher o novo Papa antes da Páscoa. AFP
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Durante a Sé Vacante, período de transição entre os pontificados, o Vaticano fica nas mãos do Cardeal Decano, atualmente o Cardeal italiano Angelo Sodano. A eleição do novo líder da Igreja Católica depende do resultado do conclave convocado por ele, mas presidido pelo Cardeal Giovanni Battista Re. A Assembleia do Colégio Cardinalício, que ainda não tem data precisa para começar, é um processo que quase não sofreu alterações nos últimos séculos e tem etapas bem definidas.

A palavra conclave, vinda do latim, significa cômodo fechado à chave. Será nessas condições de total sigilo e isolamento que os 115 cardeais com direito a voto e com menos de 80 anos vão decidir antes da Páscoa o nome do próximo Pontífice. Revelar qualquer indício sobre seu candidato favorito é crime passível de excomunhão.

No Vaticano, desde a semana passada para os preparativos da reunião e as cerimônias de adeus a Bento 16, os cardeais ficarão incomunicáveis desde o início da reunião. A partir de então, eles não terão mais acesso a rádios, TVs ou seus próprios telefones celulares. Separados em cômodos particulares eles vão se reunir duas vezes por dia para duas votações pela manhã e duas à noite na Capela Sistina, dentro do Vaticano.

Alguns cardeais, como o brasileiro Dom Geraldo Majella Agnelo já integraram antes o Colégio Cardinalício. O Arcebispo Emérito de Salvador é o único dos cinco brasileiros votantes que já participou em 2005 do conclave que elegeu Joseph Ratzinger.

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Arcebispo Emérito de Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo

Luiza Duarte

No final de cada pleito, se não for atingida a maioria de dois terços dos votos necessária para a escolha do novo Papa, os papéis com os nomes dos candidatos são queimados, junto com um pouco de palha para produzir uma fumaça preta e espessa, que é possível de ser observada da Praça São Pedro, em Roma. Quando o resultado é o definitivo, apenas os papéis são queimados, provocando uma fumaça mais clara.

O confinamento pode durar bem mais que as 26 horas necessárias para eleger Bento 16. Depois de três dias de conclave sem um resultado final, os cardeais devem realizar um dia de pausa apenas para orações. Em seguida, realizam sete novas votações. Se ainda assim não houver um nome definitivo, uma nova pausa é realizada. Esse processo pode se repetir ainda três vezes, até que recaia sobre os cardeais a decisão de um novo processo : a votação apenas entre os dois nomes mais votados ou a consagração do mais votado, ignorando a maioria de dois terços.
 

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