Esquerda vence na Câmara, mas perde para direita de Berlusconi no Senado, diz boca de urna
De acordo com as pesquisas de boca de urna, a coalizão de esquerda de Pier Luigi Bersani teria obtido entre 34,5% e 37% dos votos. O grupo de direita, de Silvio Bersluconi, teria tido entre 29% e 31%, mas de acordo com algumas sondagens, ele vence no Senado. O ex-comediante Beppe Grillo, a grande surpresa dessa eleição, teria obtido 20% da preferência do eleitorado. Os primeiros resultados oficiais serão divulgados às 15h (GMT).
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A votação terminou agora à tarde na Itália, e a coalizão de esquerda, liderada por Pier Luigi Bersani, confirmou seu favoritismo. De acordo com uma sondagem realizada pelo canal Sky TG-24, ele teria tido 34,5% dos votos. O grupo de Silvio Berlusconi, que reúne seu partido, PDL (Povo da Liberdade) e a Liga do Norte, teria obtido 29%. A simulação feita pelo canal mostra que a esquerda teria a maioria no Senado, obtendo 163 cadeiras, 5 a mais do que os 158 estipulados.
Uma outra pesquisa realizada pelo canal de TV RAI mostra que Bersani obteve de 35% a 37% dos votos, contra 29% a 31% para a coalizão de direita, de Berlusconi. Segundo a RAI, a coalizão de esquerda também vence no Senado, com 36% a 38% dos votos, contra 30% a 32% para o grupo do ex-primeiro ministro. Mas pesquisas divulgadas agora há pouco mostram que a coalizão de direita obteve 346% na Lombardia, região essencial para o controle do Senado, e também lidera na Sicília.
Sem surpresa, todas as sondagens apontam para um bom desempenho do ex-comediante Beppe Grillo, que consolida os votos de protesto da população, e teria obtido até 20% dos votos na Câmara dos Deputados. O chefe de governo Mario Monti, que lidera a coalizão de centro-direita, chega em último lugar, com apenas 10% da preferência do eleitorado.
Os mercado reagiram imediatamente aos primeiros resultados das pesquisas de boca de urna, que mostram que a coalizão de esquerda obtém a maioria na Câmara dos Deputados e no Senado. A bolsa de Milão registrou alta e a diferença entre as taxas rendimento das dívidas italiana e alemã registraram o mais baixo nível desde o início do mês. A Europa temia que a falta de uma maioria no Parlamento italiano invibializasse a governança do país. Mas com a possibilidade do retorno da coalizão de Berlusconi ao Senado, as bolsas voltaram a cair.
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