Europeus impõem novas sanções contra a Síria
Os países da União Europeia decidiram aprovar sanções suplementares contra a Síria impondo restrições a mais 22 pessoas e oito organizações e empresas próximas do regime de Bashar Al-Assad. A decisão foi tomada por diplomatas europeus reunidos em Bruxelas e deverá ser ratificada, na próxima segunda-feira, pelos ministros das Relações Exteriores do bloco.
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Desde o início da revolta popular na Síria, em março passado, este já é o décimo primeiro conjunto de sanções da União Europeia contra o regime de Damasco. O bloco listou até agora 120 pessoas e/ou organizações proibidas de viajar na Europa e cujos bens foram congelados.
Os europeus decidiram ampliar as sanções contra a Síria diante do impasse sobre a adoção de uma resolução mais coercitiva no âmbito do Conselho de Segurança da ONU. A União Europeia está disposta a aplicar novas sanções pelo tempo que for necessário até o regime sírio abrir mão da violência contra os civis.
O Conselho de Segurança da ONU debateu ontem durante quatro horas um projeto de resolução apresentado pela Rússia, mas a reunião terminou mais uma vez num impasse. A Rússia declarou que vetará qualquer tentativa de intervenção militar na Síria.
Em Washington, depois de receber o rei da Jordânia, Abdallah 2°, o presidente Barack Obama disse que os dois países vão trabalhar juntos para ampliar a pressão internacional contra Assad, até que o regime decida se retirar cedendo lugar à transição democrática. Ocupado com os problemas domésticos e a campanha eleitoral, Obama descarta uma ação militar.
Enquanto isso, o regime de Assad persegue sem trégua seus opositores. Mais dois civis foram mortos nesta quarta-feira em Idleb, engrossando a lista de civis mortos - mais de 5 mil pessoas, segundo a ONU. Em Homs, um dos principais focos da contestação, os militares impõem o toque de recolher na base do terror, metralhando zonas inteiras da cidade.
Amanhã termina o prazo de permanência concedido aos observadores da Liga Árabe. A pedido da China e da Rússia, o regime de Damasco sinalizou que poderá prorrogar o mandato. O problema é que o fracasso dos observadores em deter a violência deixa os países árabes numa situação constrangedora. A Liga Árabe reflete numa maneira de lidar com Assad.
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