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Crise/ zona do euro

Premiê espanhol apoia taxa sobre transações financeiras

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, apoiou hoje a ideia de criação de uma taxa sobre as operações financeiras, defendida pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, que o visita em Madri. Já Sarkozy afirmou que o rebaixamento da nota soberana da França pela agência Standard & Poor’s “não muda nada” para o país.

O premiê espanhol, Mariano Rajoy, cumprimenta o presidente francês, Nicolas Sarkozy, durante encontro nesta segunda-feira.
O premiê espanhol, Mariano Rajoy, cumprimenta o presidente francês, Nicolas Sarkozy, durante encontro nesta segunda-feira. REUTERS/Susana Vera
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Foi a primeira vez que Rajoy recebeu um líder estrangeiro desde que assumiu as funções, no final de dezembro. “A Espanha apoia a taxa sobre as transações financeiras, o cavalo de batalha de Sarkozy”, declarou o premiê em coletiva de imprensa, após se reunir com o francês.

O presidente havia lançado a proposta de adotar a taxa a qualquer preço, mesmo que a França tivesse que tomar a medida sem a adesão dos demais países europeus. Economistas alertam, entretanto, que a economia francesa acabaria prejudicada caso o país fosse o único a cobrar um imposto pelas transações.

Rajoy não é o primeiro a declarar simpatia à iniciativa: a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que apoia a ideia, à condição que os demais países do bloco também concordem em adotar a chamada "taxa Tobin".

Mudança da nota “não muda nada”
Sarkozy aproveitou o encontro para reforçar o engajamento de seu governo em encontrar uma saída para a crise, três dias depois de a agência americana Standard & Poor’s ter rebaixado a nota soberana da França em um nível, de AAA para AA +, e também ter diminuído as classificações de outros oito países que adotam o euro. “No fundo, isso não muda nada. Nós devemos reduzir o déficit, reduzir as despesas, melhorar a competitividade das nossas economias para voltar a crescer”, argumentou. "Não podemos nos precipitar. É preciso reagir com sangue-frio e cautela.”

O presidente disse ainda que o momento econômico atual é de “uma crise sem precedentes”, e reforçou que seu país e a Espanha se comprometeram a “continuar trabalhando juntos” para sair deste “período difícil”.
 

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