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Crise/ Itália

Senado italiano vota hoje plano de austeridade

O Senado da Itália deve se pronunciar nesta sexta-feira sobre a série de medidas de austeridade exigidas pela União Europeia para o país enfrentar a crise das dívidas. O texto passou ontem pela comissão orçamentária da Casa e deve ser adotado por uma maioria confortável de votos. Amanhã, a proposta segue para a Câmara e, se for aprovada, poderá significar a nomeação de um novo governo na Itália, comandado pelo economista Mario Monti.  

Provável futuro primeiro-ministro, Mario Monti, participa da votação no Senado hoje.
Provável futuro primeiro-ministro, Mario Monti, participa da votação no Senado hoje. REUTERS/Francois Lenoir/Files
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Um dia depois de ter sido nomeado senador vitalício pelo presidente Giorgio Napolitano, o ex-comissário europeu Mario Monti, indicado pelo primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, como o melhor nome para sucedê-lo, participará da votação. A medida foi vista como uma estratégia para promover o nome de Monti e preparar o terreno para que ele assuma a presidência do Conselho da Itália, no lugar do atual primeiro-ministro.

Na terça-feira, Berlusconi prometeu deixar o poder assim que o pacote de medidas econômicas for aprovado, ou seja, a demissão pode acontecer a partir de amanhã, quando a Câmara dos Deputados finalizar a votação do projeto. Neste caso, Napolitano já poderia nomear imediatamente Monti para ocupar o cargo e encarregá-lo de formar um novo governo.

O respeitado economista de 68 anos, conhecido no cenário internacional, terá a difícil missão de garantir aos mercados financeiros que a Itália não caminha para o mesmo destino que a Grécia, que corre o risco de ir à falência devido ao déficit e às dívidas. A expectativa é que o novo governo seja anunciado já no domingo, antes da reabertura das bolsas mundiais, na segunda-feira.

Monti deve contar com o apoio dos centristas e do Partido Democrático, o principal da oposição, enquanto o PDL, de Silvio Berlusconi, ainda discute como vai se portar face ao futuro governo. Já a Liga Norte, o partido mais à direita e principal aliado do PDL, anunciou que fará oposição a Monti.
 

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