Manifestantes denunciam espionagem de ativistas sírios na Inglaterra
O protesto na manhã desta terça-feira em frente à embaixada da Síria em Londres vem em resposta a um relatório divulgado na segunda-feira pela organização de direitos humanos Anistia Internacional.
Publicado em: Modificado em:
Fernanda Nidecker, correspondente da RFI em Londres
O documento denuncia que ativistas sírios residentes em oito países, incluindo o Reino Unido, estão sendo espionados e que suas famílias estão sofrendo ameaças na Síria. Alguns casos envolvem prisão e até mesmo tortura.
Os manifestantes vão carregar faixas com os dizeres “Eu não tenho medo” e ainda vão exibir seus nomes e os de suas cidades natais, numa demonstração de que não se sentem intimidados pelo regime de Bashar Al-Assad.
No fim de semana, a Scotland Yard confirmou que está investigando suspeitas de que funcionários da embaixada da Síria em Londres estariam monitorando e perseguindo ativistas no Reino Unido e ameaçando seus parentes na Síria.
Segundo denúncias, alguns manifestantes foram filmados durante protestos e depois receberam visitas de funcionários da embaixada que lhes teriam ameaçado de morte.
O Ministério das Relações Exteriores britânico já teve reuniões com o embaixador sírio no país para discutir as acusações. Sami Khiyami assegurou que seus funcionários não estão envolvidos, mas prometeu agir se for provado o contrário.
Na Síria, os protestos contra o regime não dão trégua. Desde o fim de semana, vêm sendo registrados alguns dos embates mais sangrentos entre as forças leais a Assad e os manifestantes.
Desde março, quando o movimento de oposição ao presidente começou, a ONU estima que 2.700 pessoas tenham morrido.
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