Cinco anos após o fim de sequestro, o caso de Natascha Kampusch ainda emociona a Áustria

Este 23 de agosto marca os cinco anos do fim do sequestro de Natascha Kampusch, capturada e mantida em cativeiro durante oito anos e meio na Áustria. A história da menina, que passou sua infância em um porão, ainda interessa as autoridades do país, que tentam entender o caso. Aos 23 anos, a jovem tenta levar uma vida normal apesar da pressão mediática.

A história de Natascha Kampusch foi traduzida em 30 idiomas no mundo todo. REUTERS

A história de Natascha Kampusch, que conseguiu escapar de seu cativeiro durante um momento de distração de seu sequestrador Wolfgang Priklopil, após 3.096 dias de detenção, ainda emociona cinco anos após sua fuga. Sua biografia, publicada pela primeira vez em 2010, já foi traduzida em mais de 30 idiomas e um filme contando sua história está sendo realizado.

A jovem, que se tornou o rosto mais conhecido do país após ter deixado o cativeiro, ainda tem dificuldades para levar uma vida normal. Após uma rápida experiência como apresentadora de televisão, ela abandonou tudo para fazer uma formação em joalheria.

Cinco anos após o episódio, o inquérito continua aberto. A justiça austríaca ainda tenta entender se o sequestrador, que se suicidou no dia da fuga de Natascha, agiu sozinho, como relata a vítima. Testemunhas ouvidas no início do processo teriam dado indícios de que Wolfgang Priklopil teria contado com a ajuda de um cúmplice.

A justiça também verifica se não houve negligência da parte da polícia nas investigações. Principalmente quando se sabe que o próprio sequestrador, Wolfgang Priklopil, chegou a ser ouvido durante as buscas, sem que nenhuma suspeita fosse levantada. Além disso, ainda persiste o mistério sobre a relação de Natascha Kampusch com seu sequestrador durante os oito anos e meio que esteve em cativeiro, uma parte da história sobre a qual a jovem nunca aceitou dar detalhes.