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Itália/Economia

Governo italiano anuncia novo pacote de medidas econômicas

O governo de Silvio Berlusconi adotou um decreto de urgência nesta sexta-feira aprovando um novo plano de austeridade de 45,5 bilhões de euros. O objetivo é equilibrar o orçamento italiano até 2013, um dos pedidos Banco Central Europeu (BCE). Além do aumento da idade da aposentadoria e do corte de 50 mil empregos de funcionários públicos, o pacote conta com a criação de um novo imposto visando os mais ricos.

O ministro da Economia italiano Giulio Tremonti e o primeiro-ministro Silvio Berlusconi anunciaram o novo pacote de medidas econômicas.
O ministro da Economia italiano Giulio Tremonti e o primeiro-ministro Silvio Berlusconi anunciaram o novo pacote de medidas econômicas. Reuters
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Com os 45,5 bilhões de euros (R$ 104 bilhões) arrecadados em dois anos, as autoridades italianas esperam atingir o equilíbrio nas contas do país em 2013. Um primeiro pacote de medidas de 48 bilhões de euros (R$ 110 bilhões) já havia sido anunciado no mês de julho, mas como ele deveria ser implementado durante três anos, as autoridades financeiras não o consideraram suficiente, o que provocou uma série de pressões especulativas do mercado.

Os italianos sofrem com um baixo índice de crescimento e uma dívida que representa 120% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e para sair da crise, Roma espera contar com a ajuda do Banco Central Europeu. O chefe do governo Silvio Berluscononi disse que “o voto do conselho dos ministros foi unânime” e que as medidas respondem aos pedidos do BCE. O ministro italiano da Economia, Giulio Tremonti, lembrou que a situação era urgente, o que os obrigou a adotar um novo plano em apenas sete dias.

O pacote anunciado nesta sexta-feira conta com a fusão de várias províncias para diminuir os gastos, o aumento da idade da aposentadoria já em 2016 para as mulheres, e o corte de 50 mil empregos públicos. Para evitar a evasão fiscal, o governo também tornou obrigatória a declaração que qualquer transação financeira de mais de 2500 euros, além de sanções contra os comerciantes que venderem produtos sem nota fiscal.

Outra medida que deve causar impacto, pelo menos em termos de imagem, é que pela primeira vez desde o início da crise o governo decidiu aumentar os impostos para os mais ricos. A pressão fiscal será representada por uma “taxa de solidariedade”, cobrada dos italianos que ganham mais de 90 mil euros (R$ 206 mil) por ano.

Berlusconi disse que “seu coração está sangrando”, pois o pacote quebra uma de suas promessas, a de “nunca colocar a mão no bolso dos italianos”. Mas o premiê justificou a decisão alegando que a situação é dramática e que as novas medidas eram “inevitáveis”.
 

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