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Sérvia/Crimes de Guerra

Defesa tenta adiar transferência de Mladic para Haia

O advogado de Ratko Mladic, ex-chefe militar dos sérvios da Bósnia acusado de genocídio, disse nessa segunda-feira que vai pedir adiamento da transferência de Mladic para o Tribunal Penal Internacional da ONU para a ex-Iuguslávia, em Haia.  

Manifestação de apoio a Ratko Mladic em Kalinovik, na Sérvia.
Manifestação de apoio a Ratko Mladic em Kalinovik, na Sérvia. Reuters/Dado Ruvic
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Hoje vence o prazo para a defesa recorrer do pedido de transferência do ex-chefe militar, que está preso no Tribunal Especial para Crimes de Guerra, na Sérvia. A defesa de Mladic pede a criação de uma equipe médica independente com um cardiologista, um neurologista e um neuropsiquiatra para examinar o estado de saúde do ex-chefe militar.

Bruno Vekaric, porta-voz do procurador sérvio para crimes de guerra, denunciou uma estratégia da defesa para adiar a transferência. "Esses problemas são comuns em pessoas de sua idade e que não se cuidam", afirmou Vekaric. "Ele não se preocupou com isso quando estava escondido", acrescentou. A justiça tinha decidido na sexta-feira, se baseando em um parecer médico, que Ratko Mladic podia ser transferido para Haia.

Nessa segunda, o governo sérbio pediu aos moradores calma e que mantenham a ordem para evitar um clima de instabilidade no país. O apelo foi feito após uma manifestação de 10 mil ultranacionalistas sérvios que foram às ruas de Belgrado no domingo à noite para protestar contra a prisão de Ratko Mladic. Pelo menos 43 pessoas ficaram feridas durante o protesto e 180 foram detidas para investigação.

O ex-chefe militar, de 69 anos, preso na Sérvia na quinta-feira, estava escondido há 16 anos. Ele é acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra por sua participação no cerco a Sarajevo, em 1992, e no massacre de Srebrenica, em julho de 1995, o pior já cometido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, em que 8 mil homens muçulmanos, jovens e idosos, foram executados a tiros.

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