Europeus adotam sanções contra presidente da Síria
Os países da União Europeia decidiram proibir a emissão de vistos e congelar os bens do presidente sírio Bachar al Assad e de outras nove personalidades ligadas ao governo. A medida é uma forma de pressão do ocidente à violenta onda de repressão contra os manifestantes que toma conta do país há dois meses.
Publicado em: Modificado em:
Depois dos Estados Unidos, agora foi a vez da União Europeia adotar uma série de sanções contra o regime sírio. Bruxelas decidiu nesta segunda-feira proibir a emissão de vistos e congelar os bens do presidente Bachar al Assad e nove de seus próximos. A medida, anunciada pelos ministros das Relações Exteriores do bloco, tem como objetivo pressionar o regime sírio para interromper a repressão do governo contra os manifestantes pró-democracia. Segundo as Nações Unidas e as ONGs instaladas no país, desde meados de março, quando os protestos começaram, mais de 900 pessoas já foram mortas pelos serviços de segurança sírios.
A decisão foi tomada após um mês de discussões dos europeus sobre a pertinência das sanções. Além do congelamento dos bens e do bloqueio dos vistos, os 27 também decretaram um embargo sobre as armas e suspenderam a ajuda financeira europeia. “É uma boa coisa”, declarou o chefe da diplomacia britânico, William Hague. “O regime deve tomar o caminho das reformas, e não da repressão”, disse ele. Mesmo tom do lado do ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini. Segundo ele, é preciso mostrar ao regime sírio que “a única opção é continuar as reformas e cessar a violência”.
Bruxelas já havia anunciado sanções contra membros do regime sírio, mas essa foi a primeira medida visando diretamente Bachar al Assad. Na semana passada, os Estados Unidos também haviam anunciado medidas contra seis membros próximos do presidente.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro