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Fukushima e Chernobyl relançam debate sobre segurança nuclear

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O vazamento nuclear de Fukushima, no Japão, e o aniversário de 25 anos do acidente nuclear de Chernobyl relançaram, esta semana, o recorrente debate sobre segurança nuclear. Ontem, terça-feira, representantes de cerca de 50 países participaram em Kiev, capital da Ucrânia, de uma conferência internacional para arrecadar os 740 milhões de euros que faltavam para a construção de uma nova estrutura de contenção do reator número 4 da usina de Chernobyl, que explodiu no dia 26 de abril de 1986. 

Usina nuclear de Chernobyl
Usina nuclear de Chernobyl (Photo : Reuters)
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O reator acidentado repousa ainda sob uma estrutura provisória e com rachadruas, que não garante o isolamento total da radioatividade. Atualmente, uma nova estrutura está em construção e as obras devem ser concluídas em 2015. O projeto tem um custo total de 1 bilhão e meio de euros e é financiado por um fundo internacional gerenciado pelo Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento.

As obras tiveram início em 2010 e compreendem a concepção e construção de uma estrutura de confinamento formada por um arco, composto de uma estrutura de concreto de 23 mil toneladas. O arco terá 108 metros de altura e 162 metros de comprimento. Segundo o consórcio Novarka, responsável pelas obras, o novo "sarcófago" deve permitir o confinamento do material radioativo e terá uma duração de vida de 100 anos.

O acidente nuclear de Chernobyl, em 1986, foi o pior desastre nuclear da história da humanidade. Na época, muitos atribuíram o acidente ao fato da usina ter sido construída com tecnologia soviética, obsoleta. Mas, hoje, o vazamento radioativo da usina de Fukushima, no Japão, demonstra que acidentes nucleares podem ocorrer também em países onde a tecnologia empregada é considerada segura.

Francis Sorin, diretor de Informação da Sociedade Francesa de Energia Nuclear, pondera, entretanto, a opinião de alguns analistas de que a situação em Fukushima pode ser pior do que em Chernobyl. Segundo ele, "existe um risco pontencial, mas as situações são bem diferentes".

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