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Crise/Grécia

Greve contra pacote do governo paralisa a Grécia

A Grécia amanheceu praticamente parada na manhã desta quarta-feira. Desde a meia-noite de terça-feira, aeroportos, transportes aéreos e marítimos, hospitais e até a imprensa cruzaram os braços para protestar contra o plano de austeridade do governo. Apenas os ônibus circulam na capital grega para permitir que os manifestantes cheguem o ponto de encontro da passeata.

Manifestantes contra o pacote de austeridade em Atenas.
Manifestantes contra o pacote de austeridade em Atenas. Reuters
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Nos protestos dessa quarta-feira, na linha de frente, estão os funcionários públicos, uma das principais categorias atingidas pelo aperto econômico imposto pelo governo. Para economizar 30 bilhões de euros em três anos, o governo grego terá que apertar os cintos, o que sigfnifica aumento de impostos, corte do 13° e 14° salários do funcionalismo público, reforma no sistema de aposentadoria e congelamento de salários. As medidas draconianas foram impostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional como contrapartida ao empréstimo 110 bilhões de euros para salvar a economia grega.

A central sindical da Função Pública, Adedy, que representa os mais de 500 mil funcionários públicos, lidera os protestos dessa quarta-feira. Os manifestantes estão reunidos no centro de Atenas. No setor privado, os bancos e o comércio funcionam parcialmente.

Repercussão

Apesar do megapacote de ajuda à Grécia, o risco de contágio da crise grega na zona euro, em especial a Espanha, atinge em cheio os mercados. As principais praças europeias abriram em forte queda e o euro registrou sua pior cotação em relação à moeda americana em um ano, registrando 1 dólar e 29 centavos.

Na terça-feira, as bolsas se deixaram influenciar por um possível pedido de socorro da Espanha ao FMI, informação que foi desmentida pelo Fundo. De acordo com os boatos, o governo espanhol precisaria de 280 bilhões de euros para equilibrar as finanças. Alguns sites de investidores do país também divulgaram que as agências de notação Moody’s e a Fitch abaixariam a nota da Espanha, que atualmente é a mais alta, AAA.

Para o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, rumores desse tipo são "intoleráveis." Na tentativa de acalmar os mercados e a especulação, o secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), Angel Gurria, lembrou que a situação da Espanha e de Portugal não se compara à da Grécia.

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