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Esporte em foco

Didier Deschamps confia nos jovens da seleção francesa para surpreender na Copa

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O técnico francês Didier Deschamps anunciou nesta semana a lista de 23 jogadores que irá levar para Copa do Mundo na Rússia. A média de idade da seleção francesa não passa de 26 anos e apenas cinco jogadores têm mais de 30 anos. Para alguns jornalistas do país, mesmo sem ser favorita, a França poderá ser uma boa surpresa na competição.

Didier Deschamps, técnico da seleção francesa de futebol.
Didier Deschamps, técnico da seleção francesa de futebol. REUTERS/Fred Lancelot
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A convocação de Deschamps foi marcada pela presença de muitos jovens da nova geração francesa. Liderada por Paul Pogba, que tem 25 anos e joga no Manchester United, o time conta também com Ousmane Dembélé do Barcelona (21 anos) e Kylian Mbappé do PSG, o caçula dos "azuis", com apenas 19 anos.

"É um sonho se realizando e eu espero que iremos o mais longe possível", declarou Mbappé na inauguração de sua estátua de cera no tradicional Museu Grévin de Paris. "O interessante é ver que há somente 9 jogadores da lista estiveram na Eurocopa de 2016, o que é relativamente pouco. Isso mostra que houve uma grande rrenovação", afirmou o jornalista francês Fabien Borne, criador do site Daily Mercato.

Ausentes

Mesmo renovada, a ausência de alguns nomes chamou a atenção. Atletas da estirpe dos atacantes Alexandre Lacazette do Arsenal, Anthony Martial do Manchester United e Kingsley Coman do Bayern de Munique, ficaram apenas na lista de 11 suplentes que só serão chamados caso algum dos 23 jogadores convocados tenha problemas.

"Alguns atletas não vinham jogando bem em seus clubes. Já esperávamos que não seriam convocados. O Martial, por exemplo, não entrou em campo muitas vezes nesta temporada", disse o jornalista esportivo do jornal Le Monde, Alexandre Pedro.  

Outra ausência inesperada é a do meio-campista do PSG, Adrien Rabiot. Para Didier Deschamps, a performance de Rabiot pela seleção não foi a mesma demonstrada no time de Paris. O jornalista Fabien Borne acredita que a escolha de Deschamps por Steven N'Zonzi surpreendeu mas teve coerência. "O fato dele não gostar ou querer jogar como volante fez com que o Deschamps buscasse um jogador com o perfil de N’Zonzi para poder substituir Kanté quando necessário", declarou.

Payet

Dimitri Payet tambem ficou de fora. O jogador se lesionou há alguns dias durante a final Liga Europa contra o Atlético de Madrid, quando precisou ser substituído aos 32 minutos do primeiro tempo. Na coletiva de Deschamps, após o anúncio da lista, muitos jornalistas perguntavam se o motivo do corte era somente a lesão.

Deschamps se irritou com os questionamentos começados com "e se". "Se vocês fizerem perguntas hipotéticas, é claro que vou responder que ele era um candidato sério. É claro que vi Dimitri Payet extremamente triste na final da Liga Europa. Sei que minha decisão não vai devolver o sorriso a Payet. Agora isso faz parte das coisas que podem acontecer. Isso faz que eu tenha que modificar os meu planos, porque é claro que, em plena forma, Payet é um grande jogador, e volto a repetir, ele era um grande candidato", finalizou.

O caso Benzema

Outro tema que sempre volta é a ausência permanente de Benzema na seleção. O jogador do Real Madrid está no centro de um escândalo envolvendo o meia Valbuena. Na ocasião, Benzema foi acusado de chantagear o então companheiro por ter posse de um vídeo íntimo dele.

Para Fabien Borne, mesmo se Deschamps já deixou claro que Benzema não será mais convocado enquanto ele for técnico, é normal ver a imprensa ainda perguntar pelo atleta. "Benzema vai jogar a final da Liga dos Campeões. Ele é considerado por uma maioria como sendo um dos melhores atacantes. Todos sabem que a ausência de Benzema na seleção francesa não está ligada a suas performances esportivas, mas sim ao famoso escândalo com Valbuena. Já faz mais de 3 anos que Deschamps não o convoca. Por isso, não é surpreendente que ele não esteja na lista. Agora entendo que pessoas perguntem ainda sobre o jogador. Didier Deschamps vem se esquivando da pergunta e enquanto ele for o treinador é uma certeza que não veremos Benzema vestindo a camisa da França", afirmou.

Os "azuis" estreiam na Copa do Mundo dia 16 de junho contra a Austrália na Arena Kazan, que fica na cidade de mesmo nome. O time está no grupo F e enfrentará também na primeira fase as seleções do Peru e da Dinamarca.

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