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Esporte em foco

Bronze em Paris, judocas Sarah e Rafaela evitam pensar em Olimpíadas

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As primeiras duas medalhas para o judo brasileiro no Grand Slam de Paris realizado neste final de semana vieram do torneio feminino. E as duas foram de bronze. Sarah Menezes foi a primeira a subir no pódio para colocar no peito sua medalha depois de vencer a japonesa Haruna Asami.

Rafaela Silva, medalha de bronze do Grand Slam de Judô de Paris, em 06/02/16.
Rafaela Silva, medalha de bronze do Grand Slam de Judô de Paris, em 06/02/16. Foto: RFI Brasil
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Muito emocionada, a piauiense saiu com lágrimas nos olhos do tatame.“Não cheguei a uma medalha de ouro, como queria, mas conquistei uma medalha brilhante”, diz a atleta ao conseguir finalmente vencer uma japonesa em um importante torneio. “Sempre ‘bati na trave’ com o Japão”, brincou Sarah.

O ano começou muito bem para Sarah Menezes, ouro nas Olimpíadas de Londres de 2012, mas que passou por um período menos brilhante nos últimos anos. Em 2015, foram poucas conquistas. Por isso, um pódio em Paris, em uma das mais tradicionais e difíceis disputas do circuito internacional de judô, serve para resgatar uma confiança que começou com o ouro do Grand Prix de Havana, em janeiro. “O importante é como está meu desempenho e estou muito satisfeita. Eu estou melhorando minha fase a cada dia. Estou me sentindo cada dia melhor nas competições, nos treinamentos, e pessoalmente também. Quero continuar tendo esses bons momentos", avalia.

Em sua categoria, meio ligeiro, até 48 quilos, Sarah Menezes é nome certo da delegação que vai disputar os Jogos no Rio. Mas até lá, há muito caminho pela frente. "Eu não penso nas Olimpíadas e sim no meu dia-a-dia. Eu me sentindo bem, treinando bem, participando das competições e tendo um bom desempenho, tenho certeza que vai ser muito boa (a Olimpíada)", garante.

Depois de Sarah Menezes, foi a vez de Rafaela Silva colocar sua medalha de bronze no peito. Na luta contra a polonesa Arleta Podolak, a carioca estava perdendo até conseguir virar nos segundos finais, com um belo golpe. Rafaela Silva, campeã mundial de 2013, também deve ser um nome garantido nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em agosto. "Para nós, atletas, as Olimpíadas ainda estão longe. Tem muitas competições até lá, mas a cabeça não para de pensar. Mas tem que se preparar bem para fazer uma boa competição", diz.

A realização dos Jogos na sua cidade natal não assusta a carioca. "Eu tenho mais motivação do que pressão. A pressão vem do resultado que a gente conquista. Estamos fazendo por onde para sermos cobrados", afirma.

Expectativa com medalhas olímpicas

Depois do Grand Slam de Paris, o grupo de 12 atletas competindo no torneio ficará em Paris e outros judocas brasileiros irão se juntar ao grupo para participar de um treinamento intensivo. O trabalho faz parte da preparação dos atletas para o circuito internacional e também para as Olimpíadas.

O judô brasileiro, que foi o esporte individual que mais garantiu medalhas ao Brasil - 19 no total, sendo 3 de ouro -, sabe que as esperanças nos atletas será grande. A técnica Rosicleia Campos, da equipe feminina, explica como a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) encara essa expectativa: “Não existe pressão e sim, responsabilidade. Sabemos da nossa responsabilidade. Se nosso esporte chegou a este nível é porque temos um ótimo histórico e a gente pretende honrá-lo e manter o padrão do judô. Estamos trabalhando com seriedade e comprometimento, e o resultado vai ser consequência”.
 

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