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Esporte em foco

Rali Dakar 2016 dá a largada com otimismo entre os brasileiros

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Será dada a largada neste sábado (2) para a primeira etapa do tradicionalíssimo Rali Dakar. Neste ano, Chile e Peru abriram mão de participar, e o trajeto portanto parte de Buenos Aires, vai até a Bolívia, e retorna à Argentina encerrando o percurso no dia 16 de janeiro na cidade de Rosário, depois de 9 mil quilômetros. A dupla brasileira Youssef Haddad e Guilherme Spinelli espera conseguir terminar a prova, depois de vários anos “batendo na trave”.

Equipe Mitsubishi Brasil já na Argentina fazendo os últimos ajustes.
Equipe Mitsubishi Brasil já na Argentina fazendo os últimos ajustes. Mitsubishi Brasil/Divulgação
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Dos cerca de 350 veículos que participam da competição, cinco são brasileiros, com quatro carros, um quadriciclo e a moto do experiente Jean Azevedo. O brasileiro tricampeão do Rali dos Sertões, Youssef Haddad, foi eleito o melhor estreante do Dakar em 2009.

Em 2012, ao lado de Guiga Spinelli pela equipe Mitsubishi Brasil, conseguiu a nona colocação, melhor resultado de um brasileiro até então. “Estamos correndo entre os 10 primeiros, mas sempre batemos na trave. Seja por problema mecânico no carro ou por algum acidente, não estamos conseguindo concluir a prova. Mas esse ano será diferente”, acredita Haddad.

O percurso do Dakar 2016
O percurso do Dakar 2016

Criado em 1977 pelo motociclista francês Thierry Sabine com nome de Paris-Dakar, o percurso original do rali ligava a capital francesa ao Senegal. A ameaça terrorista na África obrigou a transferência da competição para a América do Sul em 2009. Desde então, os corredores nas categorias motos, carros, caminhões e quadriciclos enfrentam a terra e as pedras das estradas do Chile, Argentina, Peru e Bolívia. Neste ano, Peru e Chile desistiram de participar, fazendo o deserto do Atacama ser cortado do percurso. Mesmo assim, os pilotos enfrentarão alturas de até 5 mil metros.

Chuvas

O Dakar deste ano também começa sob um clima de tensão com as chuvas que fazem transbordar rios há mais de uma semana na Argentina, deixando milhares de desabrigados. Por enquanto, nenhuma mudança no trajeto está prevista. O piloto francês Stéphane Peterhansel, detentor do recorde absoluto de 11 títulos do Rali Dakar tanto em carro quanto em moto, lembra que, mesmo que as chuvas não atinjam o percurso, as condições meteorológicas prometem ser complicadas.

“Haverá grandes mudanças de temperatura, alguns lugares serão como no ano passado, onde fazia 50 graus à sombra. Em seguida, teremos frio, o que é bom, mas é sempre ligado à altitude, então o organismo que vai sofrer, com dores de cabeça. As condições climáticas serão muito variáveis e estressantes”, aposta Peterhansel.

O brasileiro Yousseff Haddad avalia que o percurso do Dakar deste ano será o mais parecido com o Rali dos Sertões até hoje - o que é bom para os brasileiros. Para o navegador da equipe Mitsubishi, o esporte vive um grande momento no país. “O rali brasileiro está consolidado. Tanto o Rali dos Sertões quanto o campeonato brasileiro são estáveis em nível de grid e de provas”, diz Haddad. “Os brasileiros ainda têm um pouco de receio com provas internacionais, como o Dakar, principalmente por causa da diferença de regulamentos. Mas eles estão se aproximando”.

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