Brasil enfrenta a Bósnia em amistoso nesta terça-feira

A seleção brasileira faz hoje o seu primeiro amistoso do ano contra a Bósnia-Herzegóvina aqui em St. Gallen, na Suíça. O adversário do Brasil, porém, vai bem além da equipe bósnia.

Seleção brasileira realiza hoje, na Suíça, seu primeiro grande teste para os Jogos Olímpicos de Londres. REUTERS/Ki Price

Isso porque o amistoso inaugura um novo período para o técnico Mano Menezes, a menos de seis meses dos Jogos Olímpicos de Londres e a pouco mais de dois anos da Copa do Mundo do Brasil, em 2014. O desafio do treinador é montar não uma, mas duas equipes – e ambas com a obrigação de vencer.

A pressão por resultados foi admitida pelo próprio treinador, ontem, em sua entrevista coletiva na Arena AFG, onde o primeiro e único treino da equipe foi realizado. Mano está consciente de que a eventual perda da medalha de ouro em Londres poderia representar um desgaste a mais para seu comando, já contestado depois do fraco desempenho contra seleções de ponta até aqui. Ainda assim, o treinador optou por orientar o time olímpico, porque considera a preparação para Londres uma etapa importante do trabalho para a Copa do Mundo de 2014.

E esses preparativos começaram ontem com quatro mudanças em relação ao time que jogou o último amistoso de 2011, no México. Realizado com um frio de cinco graus negativos, o treino com bola teve apenas 20 minutos. E a novidade foi a formação de um ataque apenas com jogadores que atuam no Brasil. A escalação completa foi: Júlio César, Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; no meio Sandro, Fernandinho, Hernandes e Ronaldinho; na frente Neymar e Leandro Damião.

Do lado da Bósnia, ainda que impressionados com a oportunidade de enfrentar o time brasileiro, os jogadores se mostraram de sangue doce. Essa expressão foi usada pelo goleiro do time, Asmir Begovic. A tranquilidade se explica porque o Brasil é o franco-favorito e também porque os jogadores bósnios estão acostumados a enfrentar os atletas brasileiros porque atuam em alguns times de ponta na Europa.

Do enviado do jornal Estado de S. Paulo a St. Gallen, na Suíça, Andrei Netto, especial para a RFI.