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Brasil/EUA

EUA voltam atrás e não apoiará ingresso do Brasil na OCDE, diz agência

A agência Bloomberg revelou nesta quinta-feira (10) que o governo dos EUA se recusou a endossar a tentativa do Brasil de ingressar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O apoio havia sido anunciado publicamente em maio.

O chanceler Ernesto Araújo durante entrevista na sede da OCDE, em Paris, em 23/05/19.
O chanceler Ernesto Araújo durante entrevista na sede da OCDE, em Paris, em 23/05/19. Foto: Lúcia Müzell / RFI Brasil
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O secretário de Estado norte-americano, Michael Pompeo, rejeitou um pedido para discutir novas entradas no clube dos países mais ricos, de acordo com uma cópia de uma carta enviada ao secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, em 28 de agosto, acessada pela agência de notícias. Pompeo acrescenta no documento que Washington manteve seu apoio apenas à Argentina e à Romênia.

“Nunca o Brasil esteve tão perto dos Estados Unidos”: a frase do presidente Donald Trump, proferida durante encontro com Jair Bolsonaro em 19 de março deste ano, nunca parece tão fora de propósito como após a divulgação da carta do secretário de Estado dos Estados Unidos nesta quinta-feira. Na ocasião, os dois presidentes trocaram camisas de futebol dos dois países.

Ainda durante o encontro na Casa Branca em março, o presidente Donald Trump disse em entrevista coletiva conjunta com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro que havia apoiado o Brasil na adesão ao grupo de 36 membros.

Contradição

A carta de Pompeo contradiz a posição pública dos Estados Unidos sobre o assunto. Em julho, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, reiterou o apoio de Washington ao Brasil durante uma visita a São Paulo.

O apoio dos EUA à Argentina e à Romênia chega em um momento em que os dois países estão passando por convulsões políticas. A Romênia perdeu um terceiro primeiro-ministro na quinta-feira, quanto o governo foi deposto em um voto de confiança do Parlamento. Na Argentina, o presidente Mauricio Macri, um amigo de longa data de Trump, enfrenta uma luta desafiadora pela reeleição no final deste mês, depois de ter perdido uma votação primária em 16 pontos percentuais em agosto.

O governo brasileiro ainda não se pronunciou sobre a revelação da carta de Pompeo.

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