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"Futuro incerto" espera o brasileiro Roberto Azevêdo, diretor da OMC, diz Les Echos

 O jornal econômico Les Echos traz matéria em sua edição impressa desta sexta-feira (6) sobre o futuro da Organização Mundial do Comércio (OMC) e os desafios a serem enfrentados por seu diretor-geral, Roberto Azevêdo.

O brasileiro Roberto Azevedo, diretor-geral da OMC, durante coletiva de imprensa em Genebra, em 26 de novembro de 2015.
O brasileiro Roberto Azevedo, diretor-geral da OMC, durante coletiva de imprensa em Genebra, em 26 de novembro de 2015. REUTERS/Denis Balibouse
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Com o título “O futuro da OMC em suspenso espera as decisões de Donald Trump”, o diário francês Les Echos analisa a série de impedimentos e dificuldades a serem administrados pela organização e seu dirigente, o diplomata brasileiro Roberto Azevêdo, “o único candidato à sua própria sucessão, para um novo mandato de quatro anos”, segundo o jornal.

Les Echos abre a matéria com a declaração bombástica do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump: “A Organização Mundial do Comércio é um desastre. Nós renegociaremos ou sairemos [da OMC]”, publica, completando que “Roberto Azevêdo terá muito trabalho pela frente para conseguir não afundar um barco que balança cada vez mais”.

“No último outono, à época da vitória do magnata do setor imobiliário nas eleições presidenciais americanas, o brasileiro se declarou ‘pronto a trabalhar’ com a nova administração. Nada será fácil para ele, uma vez que Donald Trump se cercou de conselheiros bastante protecionistas”, analisa o diário francês.

Disputas comerciais e desconfiança em relação ao livre comércio

“Eu não vejo nenhum avanço significativo no horizonte para os próximos dois ou três anos”, declarou ao jornal o professor de Ciências Econômicas da Universidade Paris Dauphine, Jean-Marc Siroën. “Se Washington deixar a OMC, será menos por uma questão de direitos alfandegários do que pela possibilidade de uma condenação dos Estados Unidos pelo órgão de regulamentação de disputas comerciais”, analisou.

Para Les Echos, “dentro desse contexto de desconfiança ao livre comércio, fica difícil imaginar um avanço nas negociações em curso na OMC. Roberto Azevêdo não ficará com a parte mais fácil quando acontecer em dezembro, em Buenos Aires, a 11ª Conferência dos ministros do Comércio da organização”. “Os augúrios não são favoráveis”, diz o jornal.

“Na melhor das hipóteses, o diretor-geral poderá se valer da ratificação em vista do acordo sobre a facilitação das trocas comerciais, concluído em 2014”, afirma o diário francês. No entanto, segundo um especialista do setor comercial da Comissão Europeia, entrevistado pelo jornal, “não será com este acordo que as trocas comerciais vão explodir”, publica Les Echos. “No momento, a OMC é incapaz de produzir novas regras. E a eleição de Donald Trump não ajudará em nada os negócios da OMC”, finaliza o diário econômico.

 

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