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Bolsas/Europa

Rumores de crise à vista abalam bolsas europeias

As Bolsas europeias fecharam nesta terça-feira (2) com quedas significativas, arrastadas pelo setor bancário, cujas ações despencaram, pelos preços baixos do petróleo e pela decepção dos investidores diante do último plano de reativação econômica do Japão.

REUTERS/Ralph Orlowski
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O índice Footsie 100 de Londres caiu 0,73%, o Dax 30 de Frankfurt, 1,80%, o CAC 40 de Paris, 1,84%, o FST Mib de Milão, 2,76% e o Ibex 35 de Madri, 2,77%. As perdas do setor financeiro alcançaram proporções descomunais na Itália e foram lideradas pela Banca Monte Paschi di Siena (BMPS), o terceiro banco do país, que teve uma desvalorização de 16,01% por preocupações vinculadas às recentes provas de resistência do setor bancário europeu.

A Banca Popolare dell'Emilia Romagna registrou uma queda de 12,36%, a Banca Popolare di Milano (BPM) despencou 10,29% e o Banco Popolare 10,12%.

As provas de resistência, que avaliaram a capacidade de 51 bancos do continente diante de uma eventual crise econômica, também mencionava entre os bancos mais expostos o alemão Commerzbank, que nesta terça-feira caiu 9,19%, e o britânico RBS, que caiu 1,75%.

Em Madri, o Banco Santander, primeiro banco europeu por capitalização, caiu 5,32%, o BBVA caiu 4,87% e o Caixabank, 5,37%.

O ceticismo sobre a credibilidade das provas de resistência foi sentido também em Paris, onde o Natixis caiu 6,07%, o BNPParibas, 4,33% e o Société Générale, 3,13%.

Analista prevê dificuldades

"O mercado está preocupado com a necessidade de recapitalização de vários bancos europeus e pelos riscos de contágio ao conjunto do setor", afirmou Daniel Larrouturou, da Diamant Bleu Gestion, em Paris.

Os bancos também são afetados pela perspectiva do prolongamento indefinido das baixas taxas de juros atuais, sobretudo na Grã-Bretanha, onde podem ser cortadas na quinta-feira a um novo mínimo histórico pelo Banco da Inglaterra, para enfrentar as consequências do Brexit.

Preço do barril afeta petroleiras

As companhias petroleiras também ajudaram a derrubar as bolsas, devido à dificuldade do barril em superar a casa dos 40 dólares, apesar de uma pequena recuperação.

Em Londres, a Royal Dutch Shell caiu 1,82%. O mesmo fenômeno atingiu as ações de companhias de mineração, que em muitos caos também negociam petróleo. A BHP Billiton caiu 2,69%; a Rio Tinto, 1,79% e a Anglo American, 1,63%.

Outros analistas mencionaram o escasso impacto do novo plano de 28 trilhões de ienes (US$ 273 bilhões, €240 bilhões) aprovado pelo governo japonês para tentar dinamizar a terceira economia mundial.

Os analistas da Mizuho Securities estimaram que o plano "não tem nada de inovador", e lembram que desde que a bolha financeira estourou em 1990 "já houve aproximadamente 26 planos de reativação" sem maiores efeitos no crescimento.
 

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