Governo da Grécia quer aumentar impostos de deputados e ministros
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, declarou nesta segunda-feira (10) que deseja diminuir as vantagens fiscais a que têm direito os ministros e deputados do país, como parte dos esforços de Atenas para aumentar a arrecadação. Enquanto isso, as negociações com os credores internacionais continuam, para o acerto de um terceiro plano de ajuda financeira para a Grécia.
Publicado em:
“Quando a questão da diminuição das vantagens fiscais está colocada para agricultores, nós não podemos ficar indiferentes sobre as nossas próprias vantagens”, afirmou Tsipras, depois de uma reunião com o ministro-adjunto da Reforma Administrativa, Christoforos Vernadakis, e o ministro-adjunto das Finanças, Dimitris Mardas. “É uma iniciativa política que não tem somente o objetivo de fazer economias, como tem um significado simbólico”, acrescentou o premiê.
Segundo a agência de notícias grega ANA, o projeto de lei que está sendo preparado prevê que a totalidade da ajuda de custo que os parlamentares e ministros recebem será submetida a impostos, e não apenas 75% do valor, como atualmente. A compensação financeira pela participação em comitês parlamentares também passaria a ser tributada.
Além disso, o valor das ajudas de custo deve ser reduzido em 15%. A reforma vai abranger os benefícios de diretores de órgãos públicos.
Negociações sobre pacote
Os representantes do governo grego e da troika de credores do país – União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) – continuam as negociações sobre o terceiro pacote de ajuda financeira à Grécia. O resgate deve chegar a € 82 bilhões.
Atenas espera concluir o texto até quinta-feira (13), quando já quer levar a proposta para votação no Parlamento grego. Na sexta-feira (14), o plano seria apresentado aos ministros das Finanças da zona do euro, em Bruxelas.
Neste cenário, considerado ideal, a Grécia começaria a receber a ajuda financeira antes do dia 20 de agosto, quando se encerra o prazo para o pagamento de uma nova parcela do reembolso que o país deve ao BCE, de € 3,4 bilhões.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro