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Itália/ economia

Governo italiano promete “revolução fiscal” e redução de impostos

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, está determinado a baixar a carga tributária no país, uma “recompensa” pelas reformas estruturais da economia italiana, inclusive no mercado de trabalho. Graças aos resultados, o premiê promete reduzir os impostos em € 45 bilhões, em cinco anos.

O primeiro ministro italiano, Matteo Renzi.
O primeiro ministro italiano, Matteo Renzi. REUTERS/Eric Vidal
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Neste domingo (19), um dia após anunciar o ambicioso plano, Renzi afirmou que o projeto faz parte de um pacto com os cidadãos. Em entrevista ao canal de televisão estatal RAI, o primeiro-ministro de centro-esquerda disse que passou seis meses preparando a proposta, uma “revolução fiscal copérnica”. Ele quer abolir, no ano que vem, um contestado imposto sobre propriedade, o IMU (Imposto Municipal Unificado).

"Eu propus um pacto aos italianos: se as reformas avançarem seremos capazes de reduzir os impostos em € 45 bilhões de euros em cinco anos", disse Renzi. A conta abrange ainda os cortes feitos desde que assumiu o cargo, no início do ano passado. O mandato dele vai até 2018.

A partir de 2016, será encerrada a cobrança de IMU e, no ano seguinte, os impostos sobre os lucros das empresas e as contratações serão reduzidos. Por fim, em 2018, o governo planeja amenizar o imposto de renda. Para concretizar o projeto, Renzi aposta na retomada econômica, com um crescimento do PIB superior a 1,4%, e mais cortes no orçamento do Estado.

Interesses

O pacote de redução de impostos e reformas pode ser uma tentativa de amenizar a oposição parlamentar a uma reforma institucional, que inclui uma mudança constitucional para tirar poderes legislativos do Senado. Renzi tem uma estreita maioria no parlamento.

Junto com uma nova lei eleitoral aprovada em maio, a reforma constitucional visa trazer mais estabilidade ao governo e maior eficiência no processo legislativo. Outras reformas prometidas incluem mudanças no sistema de justiça e de impostos e na administração pública.

Há 15 anos, o ex-premiê Silvio Berlusconi havia prometido uma diminuição acentuada dos impostos, às vésperas das eleições. Ele foi reeleito – mas a reforma fiscal, que também incluía o fim do IMU, jamais saiu do papel.
 

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