China propõe política fiscal expansionista
O ministro da Economia da China, Lou Jiwei, informou que vai lançar um plano de estímulo ao consumo e uma política fiscal expansionista, para garantir o crescimento sustentado da economia chinesa. Jiwei apresentou as novas metas nesta sexta-feira (6), em Pequim, durante a reunião anual do Congresso Nacional do Povo, órgão equivalente ao parlamento chinês.
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Luiza Duarte, correspondente da RFI em Honk Kong
Segundo Jiwei, o processo de transição para deixar no passado uma economia baseada no forte investimento estatal na indústria levará vários anos.
“Neste processo, temos que operar uma desalavancagem firme, mas devemos também evitar que a economia caia de um penhasco e resista às pressões de retração. Portanto, temos de adotar uma política fiscal expansionista", declarou o ministro.
Dívida interna pressiona gastos do governo
De acordo com Jiwei, a economia chinesa é impactada pela recuperação global ainda frágil e por restrições nacionais, como a necessidade de reduzir a dívida interna. Mesmo assim, o Estado aumentou suas despesas e continua investindo pesado em defesa e infraestrutura.
O déficit orçamentário da China ultrapassou US$ 258 bilhões (R$ 772 bilhões) e é o maior desde a crise financeira global. Jiwei afirmou que, com base no cálculo real das receitas e despesas deste ano, o rombo será maior que os 2,3 % do PIB anunciados anteriormente, chegando a 2,7%.
Na quinta-feira (5), o governo chinês revelou seu orçamento de 2015 e os objetivos de crescimento para o ano. A segunda maior economia do mundo entra em uma fase de redução do crescimento, com o objetivo de 7% este ano, a taxa mais baixa de crescimento em 25 anos.
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