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Economia/ Europa

Euro cai para cotação mais baixa em nove anos

A moeda única europeia caiu para a cotação mais baixa em nove anos, em relação ao dólar. Um importante passo foi dado para reagir à ameaça da deflação no bloco: a justiça europeia deu um parecer favorável ao programa de compra de ativos pelo Banco Central Europeu, anunciado em 2012.

Banco Central Europeu se preparara para reagir à queda da moeda e ao risco de deflação na zona do euro.
Banco Central Europeu se preparara para reagir à queda da moeda e ao risco de deflação na zona do euro. REUTERS/Ralph Orlowski
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Na manhã desta quarta-feira (14), o euro chegou a US$ 1,1727, abaixo dos US$ 1,1777 registrados na noite de terça. A cotação é a menor desde dezembro de 2005. O euro também estava em queda em relação ao iene.

O índice aproxima ainda mais a União Europeia do risco da deflação, embora favoreça as exportações. As incertezas na zona do euro, com a aproximação das eleições legislativas na Grécia e a possibilidade de vitória da extrema-esquerda, é uma das razões para explicar a queda da moeda. A votação ocorre no próximo dia 25.

A justiça europeia publicou nesta quarta-feira um parecer favorável ao programa de compra de dívida pública dos países em dificuldades pelo Banco Central Europeu (BCE), planejado em 2012. Pelo Twitter, o BCE disse que o programa continuava “pronto para ser aplicado”.

O advogado-geral do Tribunal de Justiça da União Europeia considera que o plano, denominado Outright Monetary Transactions (OMT), é compatível com o direito europeu, sob algumas condições. A decisão final será anunciada em alguns meses, mas especialistas indicam que uma mudança de opinião é pouco provável.

Expectativa

O parecer é visto como uma vitória para o BCE, que se prepara para tomar medidas mais ostensivas para conter a queda da moeda europeia. A instituição monetária planeja um programa ainda mais ambicioso que o OMT para apoiar a zona do euro, ameaçada pela deflação.

O chamado "quantitative easing", ou expansão quantitativa, supõe a compra em massa da dívida pública em toda a zona do euro e não apenas em proveito dos países que se beneficiam de planos de ajuda financeira de seus sócios europeus, como é o caso do OMT. O objetivo é lançar o chamado “QE” até o final do mês ou, no máximo, em março.

A próxima reunião do BCE acontece no dia 22 de janeiro.
 

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